ATA DA CENTÉSIMA VIGÉSIMA SEGUNDA SESSÃO
ORDINÁRIA DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEXTA LEGISLATURA,
EM 11-12-2013.
Aos onze dias do mês de
dezembro do ano de dois mil e treze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do
Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e
quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos vereadores
Airto Ferronato, Any Ortiz, Bernardino Vendruscolo, Dr. Thiago, Fernanda
Melchionna, João Carlos Nedel, Jussara Cony, Lourdes Sprenger, Mônica Leal,
Paulinho Motorista, Paulo Brum, Pedro Ruas, Professor Garcia, Reginaldo Pujol,
Séfora Mota, Sofia Cavedon e Tarciso Flecha Negra. Constatada a existência de
quórum, o senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a
Sessão, compareceram os vereadores Alberto Kopittke, Alceu Brasinha, Cassio
Trogildo, Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Elizandro Sabino, Engº Comassetto,
Idenir Cecchim, João Derly, Luiza Neves, Marcelo Sgarbossa, Márcio Bins Ely,
Mario Fraga, Mario Manfro, Mauro Pinheiro e Valter Nagelstein. À MESA, foram
encaminhados: o Projeto de Lei do Legislativo nº 344/13 (Processo nº 3051/13),
de autoria do vereador Alberto Kopittke; o Projeto de Lei do Legislativo nº
360/13 (Processo nº 3254/13), de autoria do vereador Delegado Cleiton; o
Projeto de Lei do Legislativo nº 260/13 (Processo nº 2253/13), de autoria do
vereador Dr. Thiago. Também, foram apregoados os Ofícios nos 1495 e
1496/13, do senhor Prefeito, encaminhando, respectivamente, o Projeto de Lei Complementar
do Executivo nº 021/13 e o Projeto de Lei do Executivo nº 056/13 (Processos nos
3454 e 3453/13, respectivamente). Após, foram apregoados Requerimentos de
autoria dos vereadores Guilherme Socias Villela e Nereu D'Avila, solicitando
Licença para Tratamento de Saúde, respectivamente, do dia nove ao dia doze de
dezembro do corrente e do dia onze ao dia treze de dezembro do corrente. Do
EXPEDIENTE, constaram: Ofícios nos 1466 e 1581/13, de autoria do
senhor Jair Fernando Niño Porto Alegre, Coordenador do Projeto Copa 2014 da
Gerência de Filial de Desenvolvimento Urbano e Rural de Porto Alegre da Caixa
Econômica Federal. Durante a Sessão, foram aprovadas as Atas da Nonagésima,
Nonagésima Primeira, Nonagésima Segunda, Nonagésima Terceira, Nonagésima Quarta,
Nonagésima Quinta, Nonagésima Sexta, Nonagésima Sétima, Nonagésima Oitava,
Nonagésima Nona, Centésima e Centésima Primeira Sessões Ordinárias e da Décima
Terceira e Décima Quarta Sessões Extraordinárias. Às quatorze horas e vinte e
sete minutos, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. A
seguir, foram apregoadas as Emendas nos 05, de autoria do vereador
João Carlos Nedel, Líder da Bancada do PP, 06, de autoria do vereador Clàudio
Janta, Líder da Bancada do SDD, e 07, de autoria da vereadora Any Ortiz, Líder
da Bancada do PPS, ao Projeto de Lei do Legislativo nº 273/13 (Processo nº
2423/13) e foram aprovados Requerimentos de Suas Senhorias, solicitando que
essas Emendas fossem dispensadas do envio à apreciação de Comissões Permanentes.
Também, foi apregoada a Subemenda nº 01, de autoria da vereadora Jussara Cony,
Líder da Bancada do PCdoB, à Emenda nº 01 aposta ao Projeto de Lei do
Legislativo nº 273/13, e foi aprovado Requerimento de autoria da vereadora
Sofia Cavedon, solicitando que essa Subemenda fosse dispensada do envio à
apreciação de Comissões Permanentes. Em continuidade, foram apregoados
Requerimentos de autoria dos vereadores Clàudio Janta e Dr. Thiago, deferidos
pelo senhor Presidente, solicitando a retirada de tramitação, respectivamente,
das Emendas nos 03 e 04 apostas ao Projeto de Lei do Legislativo nº
273/13. Ainda, foram apregoados Requerimentos de autoria dos vereadores Dr.
Thiago e Idenir Cecchim, deferidos pelo senhor Prefeito, solicitando a votação
em destaque, respectivamente, das Emendas nos 01 e 02 apostas ao
Projeto de Lei do Legislativo nº 273/13. Na oportunidade, os trabalhos
estiveram suspensos das quatorze horas e quarenta e oito minutos às quatorze
horas e quarenta e nove minutos. Em Discussão Geral e Votação, foi apreciado o
Projeto de Lei do Legislativo nº 273/13 (Processo nº 2423/13), após ser
discutido pela vereadora Sofia Cavedon e pelo vereador Professor Garcia. Foi
votada destacadamente e aprovada a Emenda nº 01 aposta ao Projeto de Lei do
Legislativo nº 273/13. Na ocasião, o senhor Presidente declarou parcialmente
prejudicada a Emenda nº 02 aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº 273/13,
em face da aprovação da Emenda nº 01. Foi rejeitada a Subemenda nº 01 à Emenda
nº 01 aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº 273/13, por nove votos SIM,
doze votos NÃO e cinco ABSTENÇÕES, em votação nominal solicitada pelo vereador
Dr. Thiago e pela vereadora Luiza Neves, tendo votado Sim os vereadores Alberto
Kopittke, Any Ortiz, Delegado Cleiton, Engº Comassetto, Fernanda Melchionna,
Marcelo Sgarbossa, Mauro Pinheiro, Séfora Mota e Sofia Cavedon, votado Não os
vereadores Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Cassio Trogildo, Dr. Thiago,
Elizandro Sabino, João Carlos Nedel, Luiza Neves, Mario Manfro, Mônica Leal, Paulo
Brum, Professor Garcia e Reginaldo Pujol e optado pela Abstenção os vereadores
Idenir Cecchim, Lourdes Sprenger, Márcio Bins Ely, Paulinho Motorista e Tarciso
Flecha Negra. Foi votada destacadamente e aprovada a Emenda nº 02 aposta ao
Projeto de Lei do Legislativo nº 273/13, em sua parte não prejudicada pela
aprovação da Emenda nº 01, após ser encaminhada à votação pelos vereadores
Idenir Cecchim, Dr. Thiago, Sofia Cavedon, Cassio Trogildo e Airto Ferronato. A
seguir, o senhor Presidente declarou prejudicada a Emenda nº 05 aposta ao
Projeto de Lei do Legislativo nº 273/13, em face da aprovação da Emenda nº 02.
Foram votadas conjuntamente e aprovadas as Emendas nos 06 e 07
apostas ao Projeto de Lei do Legislativo nº 273/13. Foi rejeitado o Projeto de
Lei do Legislativo nº 273/13, por onze votos SIM, quinze votos NÃO e três
ABSTENÇÕES, em votação nominal solicitada pela vereadora Luiza Neves, tendo
votado Sim os vereadores Alberto Kopittke, Any Ortiz, Delegado Cleiton, Engº
Comassetto, Fernanda Melchionna, João Derly, Jussara Cony, Marcelo Sgarbossa,
Mauro Pinheiro, Pedro Ruas e Sofia Cavedon, votado Não os vereadores Alceu
Brasinha, Cassio Trogildo, Dr. Thiago, Elizandro Sabino, Idenir Cecchim, João
Carlos Nedel, Luiza Neves, Márcio Bins Ely, Mario Manfro, Mônica Leal, Paulinho
Motorista, Paulo Brum, Professor Garcia, Reginaldo Pujol e Valter Nagelstein e
optado pela Abstenção as vereadoras Lourdes Sprenger e Séfora Mota e o vereador
Tarciso Flecha Negra. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de
Lei do Legislativo nº 013/13 (Processo nº 0491/13), após ser discutido pela
vereadora Jussara Cony. Em Votação, foi aprovado o Requerimento nº 208/13
(Processo nº 3419/13), após ser encaminhado à votação pela vereadora Fernanda
Melchionna. Após, foi aprovado Requerimento verbal formulado pelo vereador
Pedro Ruas, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria priorizada
para a Ordem do Dia. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de
Resolução nº 037/13 (Processo nº 2760/13). Em Discussão Geral e Votação
Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 292/13 (Processo nº
2587/13), por vinte e sete votos SIM, tendo votado os vereadores Airto
Ferronato, Alceu Brasinha, Any Ortiz, Bernardino Vendruscolo, Cassio Trogildo,
Delegado Cleiton, Elizandro Sabino, Engº Comassetto, Fernanda Melchionna,
Idenir Cecchim, João Carlos Nedel, João Derly, Jussara Cony, Lourdes Sprenger,
Luiza Neves, Marcelo Sgarbossa, Márcio Bins Ely, Mario Manfro, Mauro Pinheiro,
Mônica Leal, Paulinho Motorista, Paulo Brum, Pedro Ruas, Professor Garcia,
Reginaldo Pujol, Séfora Mota e Sofia Cavedon. Em Votação, foi aprovado o
Requerimento nº 202/13 (Processo nº 3270/13), após ser encaminhado pelos
vereadores Professor Garcia, Sofia Cavedon e Mario Fraga. Em Discussão Geral e
Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 059/13 (Processo nº
0833/13), após ser discutido pelos vereadores João Derly, Fernanda Melchionna,
Sofia Cavedon, Delegado Cleiton, Séfora Mota e Professor Garcia e encaminhado à
votação pela vereadora Jussara Cony. Em Votação, foi aprovado o Requerimento nº
181/13 (Processo nº 2946/13), após ser encaminhado à votação pelo vereador
Delegado Cleiton. Em Votação, foram aprovados os Requerimentos nos
080, 197 e 051/13 (Processos nos 1327, 3212 e 0812/13,
respectivamente). Após, foi aprovado Requerimento de autoria do vereador João
Carlos Nedel, solicitando a retirada de tramitação do Projeto de Resolução nº
017/13 (Processo nº 2049/13). Às dezesseis horas e cinquenta e um minutos, o senhor
Presidente declarou encerrada a Ordem do Dia. A seguir, foram apregoados
Requerimentos solicitando Licenças para Tratamento de Saúde, de autoria das
vereadoras Any Ortiz, para o dia nove de dezembro do corrente, e Luiza Neves,
para o dia dez de dezembro do corrente. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER,
pronunciaram-se os vereadores Mauro Pinheiro e João Derly. Em PAUTA, Discussão
Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, os Projetos de Lei Complementar do
Legislativo nos 013 e 023/13, o Projeto de Lei Complementar do
Executivo nº 020/13, os Projetos de Lei do Legislativo nos 283, 342,
383 e 365/13, este discutido pelo vereador Clàudio Janta, os Projetos de Lei do
Executivo nos 047, 049, 050, 052, 054, 051, 053 e 055/13, estes três
discutidos pelo vereador Clàudio Janta; em 2ª Sessão, o Projeto de Lei do
Legislativo nº 343/13, o Projeto de Resolução nº 052/13. Em COMUNICAÇÃO DE
LÍDER, pronunciou-se o vereador Alceu Brasinha. Durante a Sessão, os vereadores
Fernanda Melchionna, Reginaldo Pujol, Sofia Cavedon, Dr. Thiago, Jussara Cony,
Cassio Trogildo, Airto Ferronato, Pedro Ruas, Tarciso Flecha Negra, Idenir
Cecchim, Paulinho Motorista, Professor Garcia, João Carlos Nedel e Alceu
Brasinha manifestaram-se acerca de assuntos diversos. Às dezessete horas e
dezesseis minutos, o senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos,
convocando os senhores vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram
presididos pelos vereadores Dr. Thiago, Bernardino Vendruscolo e João Carlos
Nedel e secretariados pelo vereador João Carlos Nedel. Do que foi lavrada a
presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelos senhores 1º
Secretário e Presidente.
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): A Ver.ª Fernanda
Melchionna está com a palavra.
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: Sr. Presidente, já que nós temos projetos
importantes na tarde de hoje, abro mão de falar em Liderança, mas queria
registrar, aqui no plenário, a situação grave por que passa o Grupo Hospitalar
Conceição, com os trabalhadores da Clinsul, que estão sem receber salários. Há
vários casos de assédio moral, de baixos salários, de desrespeito aos direitos
trabalhistas, além do não recebimento dos salários. Para completar o quadro
terrível de desrespeito aos trabalhadores, ficamos sabendo que dois trabalhadores
foram demitidos. Hoje pela manhã, já fiz um requerimento para uma reunião de
urgência ao Presidente do Grupo Hospitalar Conceição, para que a gente possa
exigir que nenhum trabalhador seja punido por lutar por direitos. Agradeço pela
atenção.
O SR. PRESIDENTE
(Dr. Thiago): Feito o registro, Ver.ª Fernanda.
Quero agradecer aos Vereadores Tarciso, Márcio e
Fernanda, que abriram mão de falar em Liderança neste momento.
Convido o conjunto dos Vereadores para, no dia de
amanhã, participar da promulgação da lei municipal que tomba a Banda Municipal,
um projeto do Ver. Bernardino Vendruscolo, às 17h, no Gabinete da Presidência.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago – às 14h27min): Havendo quórum, passamos à Ordem
do Dia.
(O Ver. Bernardino Vendruscolo assume a presidência
dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino
Vendruscolo): Apregoo a
Emenda nº 05, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, ao PLL nº 273/13.
Apregoo Requerimento, de autoria
do Ver. João Carlos Nedel, solicitando dispensa do envio da Emenda nº 05 ao PLL
nº 273/13 à apreciação das Comissões, para Parecer. Em votação. (Pausa.) Os
Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
O SR.
REGINALDO PUJOL: A par de dar concordância, pediria que fosse
distribuído o texto dessa emenda para termos conhecimento antes da votação.
O SR. PRESIDENTE (Bernardino
Vendruscolo): Farei a leitura de mais duas emendas e posteriormente as cópias serão
distribuídas aos Parlamentares.
Apregoo a Emenda nº 06, de autoria do Ver. Clàudio
Janta, ao PLL nº 273/13.
Apregoo Requerimento, de autoria
do Ver. Clàudio Janta, solicitando dispensa do envio da Emenda nº 06 ao PLL nº
273/13 à apreciação das Comissões, para Parecer. Em votação. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
Apregoo a Subemenda nº 01 à Emenda nº 01, de
autoria da Ver.ª Jussara Cony, ao PLL nº 273/13.
Apregoo Requerimento, de autoria da Ver.ª Sofia
Cavedon, solicitando dispensa do envio da Subemenda nº 01 à Emenda nº 01 ao PLL
nº 273/13 à apreciação das Comissões, para Parecer. Em votação. (Pausa.) Os
Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
O
SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Apregoo Requerimento, de autoria
da Ver.ª Sofia Cavedon, solicitando que seja votada em destaque a Subemenda nº
01 à Emenda nº 01 ao PLL nº 273/13.
Em votação as Atas
disponíveis nas Pastas Públicas do correio eletrônico: Atas da 90ª a 101ª
Sessões Ordinárias e da 13ª e 14ª Sessões Extraordinárias. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que as aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADAS.
Apregoo a Emenda nº 07, de
autoria da Ver.ª Any Ortiz, ao PLL nº 273/13.
Apregoo Requerimento,
de autoria da Ver.ª Any Ortiz, solicitando dispensa do envio da Emenda nº 07 ao
PLL nº 273/13 à apreciação das Comissões, para Parecer. Em votação. (Pausa.) Os
Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 2423/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 273/13, de autoria da Verª Sofia Cavedon, que
estabelece a obrigatoriedade de existência de Alvará de Localização e
Funcionamento para a comercialização de livros didáticos, apostilas pedagógicas
produzidas por editoras e materiais escolares nas dependências de instituições
de ensino fundamental, ensino médio e ensino superior. Com Emendas nos 01 a 04
Parecer Conjunto:
- da
CCJ, CEFOR, CUTHAB, CECE e CEDECONDH. Relator-Geral Ver. Alberto Kopittke: pela aprovação
do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 30-10-13.
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Em discussão o PLL nº
273/13. (Pausa.) A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para discutir o PLL
nº 273/13.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Obrigada, Ver.
Bernardino. Quero cumprimentar os Srs. Vereadores e as Sras. Vereadoras,
livreiros, livreiras, editores e editoras aqui presentes. Quero dizer que nós
estamos trabalhando durante este ano todo com este tema. Ele veio para esta
Casa diante da absoluta dificuldade dos livreiros da nossa Cidade, do nosso
Estado de conseguir um diálogo frutífero para o momento da venda do livro
didático nas escolas no início do ano letivo.
As livrarias – e esse
fenômeno é bastante recente – se ressentem da venda direta das editoras, em
especial as editoras, porque são elas que produzem o livro didático, portanto
editoras do Centro do País, diretamente na escola. Fenômeno que não acontecia
há alguns anos, em que a parceria entre editores, livreiros, escola,
representantes comerciais era respeitada, era harmoniosa e fazia com que toda a
cadeia do livro se fortalecesse no momento do início do ano letivo. Esse novo
fenômeno, fenômeno da venda direta, tem ocasionado um desequilíbrio muito perigoso
para quem defende a manutenção, o estímulo o ano inteiro da compra de livros,
da leitura, da escrita, da frequência a livrarias e bibliotecas. Porque esse é
o momento em que pais, famílias, alunos, de fato, adquirem o livro aquele, o
obrigatório. E no momento em que elas frequentavam a livraria, Ver. Bernardino,
elas adquiriam outros livros, compravam os paradidáticos, material escolar e
isso dava para a livraria uma vitalidade para o ano inteiro.
Esse fenômeno, que
infelizmente tem inclusive distorções, que permitiu o que é, na
verdade, uma guerra entre editoras, dentro da escola, que vão disputar o
mercado. E que, para disputar esse mercado, muitas vezes, oferecem outras
benesses para a escola, trocas, e que talvez até cerceiem a liberdade dos professores
na escolha do livro didático. Esse fenômeno não é só perverso para as
livrarias, ele é perverso para os alunos, para os professores e até para as
escolas, que, muitas vezes, são vítimas da necessidade da disputa de mercado.
Então, veio a esta Casa uma demanda importante das livrarias. Nós nos colocamos
em diálogo, em Grupo de Trabalho, convidando editores livreiros; está a
representação da Câmara do Livro Rio-Grandense. Está aqui a sua representação,
o Clube dos Editores do Estado do Rio Grande do Sul. Portanto, não é uma
demanda solitária das livrarias, editoras do nosso Estado do Rio Grande do Sul,
solidárias com a vitalidade das livrarias, com a necessidade e a importância da
vitalidade das livrarias, apoiou o movimento, e, depois que o projeto foi
apresentado, em função de vários debates na Mesa Diretora, nós fizemos várias
reuniões na Comissão de Educação, Cultura, Esportes e Juventude onde se colocou
em curso uma série de negociações. E o projeto, com as Emendas, que hoje está
para votação é resultado dessas negociações, de repúdio de ambos os lados. E eu
quero parabenizar, inclusive, a generosidade e a capacidade de diálogo dos
livreiros e do Clube dos Editores, que tinham uma opinião inicial que tinha que
ser só sobre livro didático, que recuou nessa opinião, mediando com as
editoras, que propuseram que a lei fosse para todos os livros. (Palmas.) Esse
recuo é um recuo generoso, é um recuo de quem acredita na cadeia do livro, na
importância de cada uma dessas instâncias, que nenhuma deve prejudicar a outra,
que deve ser um sistema colaborativo e parceiro, que tenha como fim o fomento
do livro e da leitura e a vitalidade dessa cadeia que, por último, trata-se de
qualidade de vida, de cultura de um povo.
Nós estamos acolhendo a emenda do Ver. Dr. Thiago,
a Emenda nº 01, que é muito importante, Dr. Thiago, porque é uma emenda que
retirou a obrigatoriedade do alvará na própria escola, porque a ideia inicial
era que o alvará fosse exigido na própria escola, e só pudesse vender se
houvesse livraria na escola. A ideia inicial mesmo era proibir a venda na
escola, e, portanto, houve uma aceitação da emenda que o Dr. Thiago indicou,
propôs, e com a mediação, é claro, de que as livrarias possam ter garantido que
elas tenham condições de oferecer o livro nas mesmas condições de
comercialização. Nós também construímos, e eu quero agradecer à Ver.ª Jussara
Cony, à Ver.ª Any Ortiz, ao Ver. Janta, que, no debate que fez conosco na CECE,
propôs que a lista de materiais não tenha indicação de marca, de estabelecimento
comercial, para deixar muito livre para os pais – porque essa lei, sim,
beneficia muito os pais, beneficia tanto no fomento à cultura, que ela garante
pelo equilíbrio, mas beneficia pela alternativa de adquirir direto na escola ou
na livraria de sua preferência, perto de sua casa, alternativa encontrada com o
diálogo entre as escolas, editores e livrarias.
Eu encerro dizendo, Ver. Bernardino, que nós
construímos um grande acordo. Queremos que todos honrem esse acordo e que ele
seja, de fato, resultado de um grande diálogo que não pare por aqui, mas um
diálogo em que a cidade de Porto Alegre compreenda que as livrarias estão
morrendo, que as livrarias de porta aberta o ano inteiro são vitais para a
nossa qualidade de vida, são vitais para os editores – quero cumprimentar os
editores aqui presentes –, são vitais para que a Cidade viva, para a cidade que
não é um deserto cheio de grades. São vitais para que todas as outras políticas
deem certo, porque cultura transforma as pessoas e as pessoas transformam a
vida. Então, eu desejo que a gente possa fazer uma votação harmônica,
construída coletivamente, que tenha um grande resultado e que esse resultado
seja a vitória de todos vocês. Obrigada. (Palmas.)
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Apregoo Requerimento, de autoria do Ver. Clàudio
Janta, solicitando a retirada de tramitação da Emenda nº 03, de sua autoria, ao
PLL nº 273/13.
O Ver. Professor Garcia está com a palavra para
discutir o PLL nº 273/13.
O SR.
PROFESSOR GARCIA: Prezado Ver. Bernardino, Srs. Vereadores, Sras.
Vereadoras, público que nos assiste, tivemos a oportunidade de discutir, na
Comissão, este Projeto da Ver.ª Sofia Cavedon. Eu manifestei a minha
contrariedade ao Projeto e continuo com a mesma visão. Durante 21 anos, eu fui
coordenador de uma escola particular; durante 14 anos, eu fui diretor de escola
pública e, durante 13 anos, eu fui Diretor de uma Faculdade de Ensino Superior.
E, na reunião onde estavam editores e livreiros, fiz uma pergunta para a Vereadora
e fiz uma pergunta para editores e para livreiros. Perguntei: “Quem aqui vende
para alguma escola pública?” Ninguém. Então, me dirigi ao mercado das escolas
particulares. Perguntei onde está uma entidade que representa as escolas
particulares chamadas Sinepe – Sindicato dos Estabelecimentos do Ensino Privado
no Estado do Rio Grande do Sul. Não estavam, não foram convidados. Falei recentemente...
(Manifestações nas galerias.)
O SR.
PROFESSOR GARCIA: Dizer que foram, tudo bem, mas não estavam. Falei
recentemente com o presidente Bruno, e ele disse também que não foi convidado.
Quero dizer outra coisa: que eu não concordo.
Primeiro, é uma ingerência numa questão que é da escola. A escola tem livre
arbítrio! E aqui eu tenho algumas críticas sobre hoje, como é feita a escola no
Brasil. A escola no Brasil, hoje, é negócio! Mas é uma outra história, mas é
negócio. Nós sabemos também que hoje há proliferação. Morreu recentemente o
Ministro Paulo Renato, que abriu as torneiras para o Ensino Superior e proliferou
este País de faculdades e universidades de Ensino Superior, porque antes havia
alguns critérios, e hoje há um descritério. Eu entendo que a gente tem que
trabalhar muito mais na base, na formação, do que lá em cima.
Agora recebi um documento, e eu vou ler em cima, e
é claro que vai haver divergências. (Lê.): “Primeiro – Projeto de lei que
regula comercialização escolar visa tão somente garantir que pelo menos duas
livrarias, além do diretor ou seu distribuidor, tenham condições de vender aos
pais, alunos, os livros adotados na escola, aos mesmos preços ofertado
diretamente pelo editor”.
Bom, quando começa todo o mundo com o mesmo preço,
tem uma palavrinha que diz “cartel”. Há preços altos e baixos, mas não
estabelecer o mesmo.
Outra coisa que eu quero levantar que foge: por que
não se briga também com supermercados que vendem material escolar? Quem sabe
nós vamos proibir os supermercados de vender o material escolar?
Gente, de forma bem fraterna, com relação ao
alvará, tem uma emenda com que a Vereadora concordou, primeiro: qual é
atividade-fim da escola? É o ensino; não é vender livro. E há uma discussão no
sentido de que alguns acham que nem precisaria de livros. Então, querer
determinar a forma, tem instituição que vai dizer o seguinte: “Eu acerto com
quem eu quero, não boto ninguém aqui dentro; vão lá comprar!” Ou seja, nós
estamos nos metendo em algo que não devemos. Aqui, de forma bem fraterna – e
respeito as posições contrárias –, mas este Vereador vota totalmente contra o
projeto. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Estão suspensos os trabalhos.
(Suspendem-se os trabalhos às 14h48min.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo – às 14h49min): Estão
reabertos os trabalhos.
Apregoo
a Emenda nº 01, destacada, de autoria do Ver. Dr. Thiago e deste Vereador, ao
PLL nº 273/13.
O SR. DR.
THIAGO (Requerimento): É no sentido de colaborar com a condução dos
trabalhos: a partir da sinalização positiva da aprovação da Emenda nº 01, faço
um Requerimento solicitando a retirada de tramitação da Emenda nº 04 ao PLL nº
273/13.
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Apregoo Requerimento, de autoria do Ver. Dr.
Thiago, solicitando a retirada de tramitação da Emenda nº 04, de sua autoria e
de autoria do Ver. Márcio Bins Ely, ao PLL nº 273/13.
Em votação a Emenda nº 01, destacada, ao PLL nº
273/13. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que
a aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADA.
Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Dr. Thiago
e pela Ver.ª Luiza Neves, a Subemenda nº 01 à Emenda nº 01 ao PLL nº 273/13.
(Pausa.)
O SR.
REGINALDO PUJOL: Ainda com relação à Emenda nº 01, quero que
registre meu voto contrário, porque, doravante, eu sou contra o projeto e
contra as emendas.
O SR. PRESIDENTE
(Bernardino Vendruscolo): Vamos analisar as suas colocações para apreciação
logo a seguir. Vamos retomar: está sendo votada a Subemenda nº 01 à Emenda nº
01, que já foi votada, ao PLL nº 273/13.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Solicito nova leitura e gostaria de pedir atenção aos Vereadores, porque
esta exige o fornecimento de nota fiscal.
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Farei a leitura novamente.
(O Ver. Bernardino Vendruscolo procede à leitura da
Subemenda nº 01 à Emenda nº 01 ao PLL nº 273/13.)
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Voto “sim”, pelo acordo que nós construímos – o qual espero que todos
honrem – e porque exige nota fiscal.
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Dr. Thiago
e pela Ver.ª Luiza Neves, a Subemenda nº 01 à Emenda nº 01 ao PLL nº 273/13.
(Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA
por 09 votos SIM, 12 votos NÃO e 05 ABSTENÇÕES.
A SRA. JUSSARA
CONY: Sr. Presidente, eu quero declarar o meu voto “sim”, por favor.
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Já foi, Vereadora.
A SRA. JUSSARA
CONY: Embora não influencie, eu não tive tempo de chegar aqui.
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Vereadora, eu sei, eu compreendo que a senhora
está com dificuldade, mas a senhora tem assessores. Eu lhe peço que fale com os
seus assessores. Olha, por favor, gente, vamos combinar...
A SRA. FERNANDA MELCHIONNA (Requerimento): Presidente,
como a diferença foi de menos de três votos, eu requeiro a renovação da votação
desta emenda. É uma emenda óbvia, não é? Nota fiscal é o mínimo que se espera,
então eu requeiro renovação de votação.
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Pois não, está dentro do Regimento. Solicito à
Vereadora que encaminhe, por escrito, para que nós possamos dar o devido
encaminhamento. E, Vereadores, assessor não vota, mas pode ajudar o Vereador,
quando está com dificuldade.
Apregoo Requerimento, de autoria do Ver. Idenir
Cecchim, solicitando que seja votada em destaque a Emenda nº 02 ao PLL nº
273/13.
(O Ver. Bernardino Vendruscolo procede à leitura da
Emenda nº 02, destacada, ao PLL nº 273/13, por orientação da Diretoria
Legislativa, em razão da prejudicialidade de parte da emenda,
quanto ao caput do art. 1º, já que o
mesmo foi alterado pela Emenda nº 01, de autoria do Ver. Dr. Thiago, ao PLL nº
273/13.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Em votação a Emenda nº 02, destacada, ao PLL nº
273/13. (Pausa.) O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra
para encaminhar a votação da Emenda nº 02, destacada, ao PLL nº 273/13.
O SR. IDENIR CECCHIM: Obrigado, Presidente;
Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, eu quero dizer que não tenho nenhum
compromisso nem com a livrarias nem com as editoras; eu tenho compromisso com
os pais dos alunos e com os alunos. E eu acho que quem tem que ter vantagem –
se dá para se dizer que há vantagem na compra de material escolar, e não é
vantagem –, ter o direito de ter um preço melhor são os alunos e os pais dos
alunos. E tudo o que se puder fazer para que os alunos e pais dos alunos possam
ter o direito – o direito! – de comprar melhor... Nós, no Município, já temos a
Feira do Material Escolar para que os pais e alunos tenham o direito, e se
consegue ter um preço melhor na Feira do Material Escolar. Consegue-se fazer
isso. Então, tudo que se puder fazer para que os alunos e os pais dos alunos
tenham o direito – o direito! – de adquirir livros e material escolar por um
preço melhor que se faça! E nós temos a obrigação, os pais e os alunos têm o
direito, e nós, Vereadores, temos a obrigação de permitir isso, a obrigação!
por isso a minha emenda de facilitar tudo aquilo que se puder fazer dentro da
lei. E eu sei que tanto os livreiros quanto as editoras têm legitimidade, têm
legalidade para fazer isso. Então, que o façam, cada um da sua maneira, cada um
dentro da sua criatividade, dentro da sua competência, dentro das suas
legalidades, que o façam para facilitarem para que deem o direito às escolas,
aos pais e aos alunos para adquirirem pela melhor facilidade e pelo melhor
preço os materiais escolares. Eu não estou aqui para entrar nesta disputa, nem
dos livreiros nem dos editores; eu estou aqui para que os pais e os alunos
tenham o direito de comprar melhor. É isso que eu estou destacando nessa
emenda, para que esses tenham o direito: quem vai gastar o dinheiro, quem
precisa estudar, quem precisa pagar no início do ano letivo. É essa a minha
obrigação, o resto é disputa política, e eu não estou aqui para disputa
política nem para fazer média com ninguém. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Dr. Thiago está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda
nº 02, destacada, ao PLL nº 273/13.
O SR. DR. THIAGO: Presidente, eu quero
dizer que concordo integralmente com o que disse o Ver. Cecchim e quero
solicitar à nossa Direção Legislativa que observe que a aprovação do § 2º, da
emenda do Ver. Cecchim, prejudica a Subemenda nº 01, porque o § 2º diz o
seguinte: “A comercialização referida no caput
desse artigo dar-se-á mediante a emissão de documento fiscal de venda”. O que
todos nós somos a favor. Então, este § 2º prejudica a Subemenda nº 01. Eu peço
que tenha atenção para essa prejudicialidade, caso seja aprovada a emenda do
Ver. Idenir Cecchim.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Fica o registro aqui. Vejam os senhores que a dinâmica do plenário e as
emendas e subemendas, às vezes, nos colocam numa situação difícil até de
avaliar, por isso que, quando os senhores votam a dispensa de ir para as
Comissões, é que nas Comissões nem sempre se consegue detectar essas
dificuldades. Agora, como há o encaminhamento da Vereadora para fazer a
renovação de votação, suspende qualquer outra prejudicialidade.
(Aparte
antirregimental.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Poderá, evidentemente, mas temos que fazer uma análise com calma,
porque, realmente, procede, sim, o que os colegas estão colocando. Então
estamos aguardando a avaliação do encaminhamento da renovação de votação feito
pela Ver.ª Fernanda, para melhor avaliarmos essa emenda.
A SRA. JUSSARA CONY: Sr. Presidente, para
deixar claro: eu estava num processo de que havia um acordo. Inclusive a minha
emenda foi em função desse acordo. Em determinado momento, ficou confuso. Eu
não tive tempo sequer de articular no acordo de que maneira votaríamos, por
isso não foi nenhuma falha da minha assessoria nem falta de atenção; foi essa
dificuldade, porque, em determinado momento, parece que rompeu e, a partir daí,
eu não tive condições de chegar a este microfone, até porque havia câmeras na
frente e V. Exa. não podia enxergar. Então que fique claro: eu não estou
questionando a Mesa, mas estou questionando que, quando há um acordo, pelo
menos nos organizemos para que esse acordo seja cumprido. Muito obrigada.
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): É verdade. Eu também tenho esse sentimento, Ver.ª Jussara Cony, de que
havia esse acordo, mas infelizmente a presidência não pode forçar um acordo
entre os parlamentares.
O SR. DR. THIAGO: Só para deixar o
registro de que fiz questão de vir ao microfone e mencionar o acordo que eu
havia estabelecido com a Ver.ª Sofia. Um acordo bem transparente: a aprovação
da Emenda 01 pela retirada da Emenda nº 04. Foi só esse acordo que foi feito. E
eu, pelo menos, com este Vereador, nenhum acordo foi feito, inclusive com a
votação favorável ao projeto.
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Eu peço que os Vereadores encaminhem, para não ficarmos no microfone de
apartes. Eu não quero proibir ninguém, mas há possibilidade dos encaminhamentos
dentro do tempo regimental.
A Ver.ª Sofia Cavedon
está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 02, destacada, ao PLL
nº 273/13.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Srs. Vereadores e
Sras. Vereadoras, eu peço desculpas a Ver.ª Jussara, que está com dificuldade
de locomoção, porque as coisas acontecem muito rapidamente no plenário. Eu me
surpreendi com a votação contrária à subemenda que a Ver.ª Jussara assinou, não
porque a gente tivesse feito um acordo. A gente fez um acordo para que todas
emendas fossem acolhidas, porque elas compuseram um todo.
A subemenda dialoga,
Ver. Dr. Thiago, com o acordo que fizemos com V. Exa. no conceito. Qual é o
conceito? Não será exigido Alvará de Localização na própria escola; será
exigido Alvará de Localização, obviamente, para que a empresa que comercializa
tenha regularidade. É isso. E os dois itens de regularidade que a Ver.ª Jussara
assinou dizem respeito: um, à emissão de boleto fiscal; o outro, à previsão nos
estatutos da empresa de que ela pode comercializar. Não é qualquer alvará, é um
alvará para comercialização. Aparentemente é chover no molhado, mas, não, é
para deixar a lei mais clara, mais límpida, ponto. Esse é o entendimento, Ver.
Dr. Thiago, do acordo de conceito que nós fizemos, que complementaria a sua emenda,
tanto que não apresentamos a redação que eu lhe apresentei ontem com esses dois
itens. Mas sobre a emenda do Ver. Cecchim, ela se aplicava à redação inicial do
art. 1º, ou quando a gente exigia o Alvará de Localização na escola, e o senhor
excetuava as feiras, as vendas rápidas. Como mudou o art. 1º, nós incorporamos
a redação do Vereador-Presidente, Dr. Thiago, e a redação dele apenas exige o
alvará. Então, a sua emenda vai dizer o seguinte: não precisa de alvará para
vendas rápidas. É importante que vocês se deem conta de que mudou o art. 1º,
acabamos de aceitar a redação que o Ver. Dr. Thiago propôs. Eu queria que o
conjunto dos Vereadores percebesse isso: o Ver. Dr. Thiago retirou a exigência
de alvará da própria escola, portanto, não tem necessidade de se excetuar,
aliás, é ilegal excetuar venda temporária, porque não pode acontecer venda
temporária sem ter alvará. Acho que o plenário está um pouco disperso, e eu
queria chamar a atenção, porque o próprio Ver. Idenir
Cecchim, que foi Secretário da SMIC, sabe que não pode ter hipótese em que
alguma venda é feita sem o comerciante ter um alvará. Portanto, a minha
indicação é de que a Emenda nº 02 seja rejeitada, em função de o parágrafo 1º
fazer uma exceção na legalidade, se ficou muito claro.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Dr. Thiago está com a palavra.
O SR. DR. THIAGO: Eu só quero insistir
naquilo que eu mencionei, só para fazer uma leitura. A subemenda diz o
seguinte: “A comercialização dar-se-á mediante a emissão de documento fiscal de
venda.” A emenda do Ver. Idenir Cecchim diz o seguinte: “A comercialização
referida no caput desse artigo
dar-se-á mediante a emissão de documento fiscal de venda.” Se isso não é a
mesma coisa, eu não sei o que é a mesma coisa.
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Eu quero fazer uma apelo aos colegas, até para o controle da Sessão,
para que usem o tempo regimental. Outra situação: isso ocorreu e está ocorrendo
em razão da quantidade de emendas e subemendas que chegaram juntas aqui.
O Ver. Cassio
Trogildo está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 02,
destacada, ao PLL nº 273/13.
O SR. CASSIO TROGILDO: Boa-tarde, Ver. Bernardino Vendruscolo, Presidente dos trabalhos nesta
tarde; boa-tarde Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, subo a esta tribuna para,
até o momento, tratar da Emenda nº 02, mas também tratar da posição da Bancada
do PTB, até este momento, em relação à Emenda nº 01 e à Subemenda nº 01. A
Bancada do PTB votou favoravelmente à Emenda nº 01 porque entende que, sim, tem
que ter alvará de funcionamento para comercializar os livros didáticos, mas,
logicamente, não especificamente em cada instituição de ensino, Ver. Mario
Manfro, senão, terminaríamos com aquelas feiras que são temporárias e cíclicas
em cada início de ano letivo. Não temos conhecimento de nenhum acordo que tenha
sido encaminhado. Pelo menos a Bancada do PTB não se comprometeu, Ver. Idenir
Cecchim, com nenhum acordo. Acompanhamos as discussões lá na Liderança,
recebemos, entre aspas, os dois lados, os livreiros, as editoras, acompanhamos,
sim, e firmamos a nossa posição. Então, quando vem aqui se dizer que havia um
acordo, se foi feito algum acordo, não teve a participação, Ver. Paulinho
Motorista, da Bancada do PTB. Nós, sim, acompanhamos a discussão, estamos
votando, votamos favoravelmente à Emenda n° 01, porque achamos que tem que ter
alvará, logicamente, mas que não precisa ser para a instituição. E votamos
contrários à Subemenda nº 01, com todo o respeito à Ver.ª Jussara Cony, que
subscreveu a Emenda, porque a Emenda diz que a empresa ou representante
comercial deverá ter, em seu objeto, em seu contrato social, a respectiva
atividade de comercialização. Olha, isso é uma obviedade, desculpe. E também
diz que a comercialização se dará mediante documento fiscal. Se nós começarmos
aqui, a cada projeto de lei que vem para cá, a botar na lei aquilo que já é
previsto legalmente, nós vamos fazer aqui uma consolidação cada vez que vier um
projeto de lei para cá.
E a Emenda nº
02, Ver. Cecchim, eu seria favorável a ela, contudo, ela devolve a questão da
nota fiscal para comercialização, que me parece também que já é uma
obrigatoriedade legal, e me parece que a Emenda do Vereador-Presidente Dr.
Thiago já corrigiu aquilo que a Bancada do PTB tinha como preocupação, que não
tivesse alvará específico para cada instituição de ensino, porque senão
inviabilizariam as feiras de início de ano. Então, nós vamos, Ver. Cecchim,
fatalmente, por essa posição, encaminhar contrariamente à Emenda nº 02, porque
já votamos favoravelmente à Emenda nº 01 e contrários à Subemenda nº 01. Muito
obrigado.
(Não revisado
pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para encaminhar a votação da
Emenda nº 02, destacada, ao PLL nº 273/13.
O SR. AIRTO FERRONATO: Meu caro Presidente
Bernardino, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores que nos
brindam com a presença agora à tarde, aqui na Câmara; eu quero dizer que a
Ver.ª Jussara Cony, e agora o Ver. Cassio, completaram tudo aquilo que até
gostaria de falar aqui na tarde de hoje. Mas eu sou, sim, autor de cinco
livros. Um deles recentemente foi editado e, graças a Deus, tem vendido
bastante no País inteiro: Gestão Contábil de Micro e Pequenas Empresas. E como
acontece – apenas para exemplificar o meu caso –, as editoras vão às
faculdades, levam o meu livro, conversam sobre ele, e as faculdades e
universidades me convidam, inclusive, para fazer palestras. Eu tenho andado por
este Estado fazendo isso. Mas eu não consigo compreender o desentendimento do
que aconteceu entre as editoras e as livrarias. Parece uma coisa tão pacífica
em que um depende do outro. E nós já tivemos diversos movimentos aqui, e me foi
dito, Ver.ª Jussara Cony, que não haveria problema nenhum, que estava tudo
acertado. Como Líder de Governo me perguntaram: “E como é que está o Projeto?”
“Está tudo certo.” Chegamos aqui, Ver.ª Jussara, as posições são divergentes.
Muito bem! É verdade, Ver. Cassio, que a Emenda, Ver.ª Jussara, diz que necessariamente
se emite nota fiscal. Isso é uma lei estadual que já existe há muitos anos, é
lei federal também, está no Código Tributário Federal, Estadual e até
Municipal, quando há venda de bens, produtos e mercadorias, se emite nota
fiscal. Muito bem! Então, acredito que a Emenda do Ver. Cecchim tem o mesmo
viés: ela pede uma coisa que não precisa exigir, que já é exigência. Portanto,
uma prejudica a outra, sim. E eu, na minha visão, gostaria de dizer que me
sinto entendido que são Emendas prejudicadas. Acho, Ver.ª Sofia, que é preciso
dar uma parada e nos organizar, ver a que emendas vamos votar favoravelmente, a
que emendas votamos contrários, todos nós, enquanto Câmara, para que saia uma
lei para a cidade de Porto Alegre e não apenas disputa do tipo: tu votas sim, e
eu voto não. Vamos suspender os trabalhos, vamos dar uma analisada, emenda por
emenda, e vamos chegar a um acordo. É essa a minha proposta para o bem da
Cidade, de livreiros, de editores e para que a Câmara não vote uma coisa
açodadamente, com muito pouca discussão ou quase nenhuma. Era isso.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. SOFIA CAVEDON: Vereador Bernardino,
eu concordo com a proposta do Ver. Airto, que conversemos aqui rapidamente. E
tenho certeza de que teremos um entendimento tranquilamente e poderemos até
votar em bloco as emendas. Então eu aceito a proposta.
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Solicito às Lideranças que se aproximem da Mesa dos trabalhos para que
possamos acordar a votação das emendas. (Pausa.)
Em votação a Emenda nº 02, destacada, ao PLL nº 273/13. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que a aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADA, com os votos contrários do
Ver. Reginaldo Pujol e da Ver.ª Sofia Cavedon.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Solicito
retificação. Voto a favor para não dar celeuma, para garantir o acordo das
emendas.
O SR. PRESIDENTE (Bernardino
Vendruscolo): Retificando: APROVADA a Emenda nº 02, destacada, ao PLL nº 273/13, com o voto
contrário do Ver. Reginaldo Pujol.
Em
votação o bloco composto pelas Emendas nº 06 e nº 07 ao PLL nº 273/13. (Pausa.)
A SRA. JUSSARA CONY: Presidente, não é uma questão de microfone e
de localização, posso ficar parada aqui. Só quero que seja cumprido o acordo
feito. É só isso, porque quase já não foi de novo. É só isso.
O SR. CASSIO
TROGILDO: Só para registro, essa
questão de acordo está quase nos incomodando. Nós, agora, fizemos um acordo
para votação da Emenda nº 02. Repito aqui que até então a Bancada do PTB não
tinha participado de nenhum outro acordo a não ser as discussões referentes à
matéria.
O SR. DR. THIAGO: Quero dizer que o acordo que foi feito foi
esse acordo com relação às emendas. Não há nenhum compromisso deste Vereador
com relação à votação do projeto.
O SR. PRESIDENTE
(Bernardino Vendruscolo): Em votação o bloco composto pelas Emendas nº 06 e nº 07 ao PLL 273/13.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADO, com o voto contrário do Ver. Reginaldo
Pujol.
Encerrada a discussão. (Pausa.) Em votação nominal,
solicitada pela Ver.ª Luiza Neves, o PLL nº 273/13. (Pausa.)
O SR. AIRTO
FERRONATO: Sr. Presidente, declaro-me impedido de votar em razão do processo, uma
vez que vendo meus livros no Brasil. Não posso votar.
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Em votação nominal, solicitada pela Ver.ª Luiza
Neves, o PLL nº 273/13. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADO por 11 votos SIM, 15 votos NÃO e 03 ABSTENÇÕES.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 0491/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 013/13, de autoria da Verª Jussara Cony, que
inclui a efeméride Semana Municipal de Mobilização para Doação de Medula Óssea
no Calendário de Datas Comemorativas e de Conscientização do Município de Porto
Alegre – Lei nº 10.904, de 31 de maio de 2010, e alterações posteriores –, de 7
a 14 de dezembro.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Alberto Kopittke: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CECE. Relator Ver. João Derly: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 27-11-13
por força do art. 81 da LOM.
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Em discussão o PLL nº
013/13. (Pausa.) A Ver.ª Jussara Cony está com a palavra para discutir o PLL nº
013/13.
A SRA. JUSSARA CONY: Sr. Presidente, Sras.
Vereadoras e Srs. Vereadores, eu faço questão de encaminhar este Projeto. Ele
tem inspiração numa Lei Federal do Deputado Beto Albuquerque, uma homenagem que
ele fez ao seu filho, Pietro, que enfrentou a busca de uma medula óssea
compatível, para desfrutar a dádiva da vida.
O texto do Beto
Albuquerque é muito claro, ele diz o significado desse Projeto e do que nós
apresentamos (Lê.): “A cada ano nós temos no Brasil e no Rio Grande do Sul mil
novos casos de leucemia, sendo que o transplante da medula óssea torna-se
inevitável na maioria das vezes”. Eu quero, primeiro de tudo, agradecer a todos
os Vereadores e Vereadoras pelos pareceres, porque eu tenho certeza que este
Projeto será aprovado por unanimidade. Ele inclui, na cidade de Porto Alegre,
uma semana antes do Projeto do Deputado Beto Albuquerque, a efeméride Doação de
Medula Óssea. E ele está inspirado também em toda a luta que travamos, a família
dele e a minha. O filho dele, Pietro, estava em estado terminal quando o meu
neto iniciou e foi diagnosticada a leucemia. Os dois não venceram a doença.
Aliás, para o Mateus a medula óssea chegou na semana em que a doença voltou, e
recidiva de leucemia é impossível se
superar.
É muito simples este
projeto e ele é um salvador de vidas. As pessoas têm a impressão de que é um
procedimento muito complicado, não é. Basta apenas a doação de 10ml de sangue.
Naturalmente, se houver, vai para um banco de dados, esse banco hoje já é
universal. Nós podemos estar doando medulas daqui para outros países, como de
outros países para cá. E nós estaremos, então, salvando algumas vidas da
leucemia. Como eu disse, as nossas famílias trabalharam muito, juntas, isso.
Eles foram dois guerreiros, nós saímos juntos para campanhas nas ruas, milhares
de pessoas aderiram, amigos, e há muitos agradecimentos a fazer – o tempo aqui
não vai me permitir tudo isso. Ao mesmo tempo, eu queria dizer o que foi o modo
como esses dois jovens enfrentaram a doença. O Matheus, meu neto, levou para
dentro o Hospital Conceição – onde ficou a maior parte dos três anos da sua
luta –, a sua arte, a sua dinâmica, o seu amor pela vida e construiu junto com
seus colegas, parceiros de internação, uma banda. Eles faziam poesias,
musicavam as poesias, descreviam a vida, a busca pela cura, a solidariedade, a
gratidão a todos aqueles trabalhadores, profissionais da saúde, Ver. Séfora
Mota, seja de que hospital for, seja de que porta de entrada for, que atuam nessa
área da Oncologia. Não é fácil, é muito doloroso, e essa relação foi muito
generosa, porque eles, os trabalhadores, absorvem também o conhecimento que vem
da dor daqueles que sofrem a leucemia. É um aprendizado muito coletivo. Um
aprendizado coletivo mesmo, que serve nesse aprendizado coletivo o legado que
Matheus me deixou; o legado que Pedro deixou; o legado que milhares de Matheus,
Pedros, Marias, deixam. Essas crianças e jovens fazem com que nós tenhamos,
então, essa iniciativa de estabelecer a Semana Municipal de Mobilização para
Doação de Medula Óssea, para explicar às pessoas.
A Ver.ª Séfora Mota, junto com outros Vereadores,
esteve conosco – depois vou fazer o Relatório, Vereadora – na Marcha da União
dos Vereadores do Brasil, e este projeto foi um dos que foi para lá e foi
premiado, exatamente, pelo trabalho, pela potencialidade que ele tem de
esclarecimento à população.
Por outro lado, por que nós também colocamos em
comum acordo com o Beto Albuquerque? Porque a lei federal precisa de um suporte
nos Municípios. E no Congresso da União dos Vereadores do Brasil, os Municípios
todos querem a cópia deste projeto para desdobrar na cidade. Ao invés de uma
semana só, nós teremos, em todo o Brasil, Ver. Pujol, duas semanas, e o projeto
do Dep. Beto Albuquerque precisa, nas cidades, dessa divulgação, para que
possamos captar mais doadores de medula óssea. Protocolei inclusive junto com o
Deputado, com o seu aval, porque nós dividimos um período de lições de vida, de
legados de coragem em nossas famílias, nos círculos de amigos, na solidariedade
da sociedade, e protocolei exatamente no dia em que Matheus estaria fazendo os
seus 26 anos, como marco do trabalho que ele realizou deixando inclusive o
Quero Medula, que hoje percorre o Brasil inteiro e já extrapolou as fronteiras
do Brasil na luta pela busca de medula óssea.
Eu sei que este projeto vai ser aprovado por
unanimidade, vai ser sancionado pelo Prefeito Municipal, não há dúvidas disso,
e quero convidar todos os Vereadores, funcionários desta Casa, assessorias,
para irem ao Glênio Peres participarem de um sarau, às 18h, em homenagem à
vida, com poesias, músicas. No dia 13, na Assembleia Legislativa, será lançada
a campanha nacional, com a presença do Dep. Beto Albuquerque. Dia 15, estaremos
nas ruas, na Redenção, no Gasômetro, levando o conhecimento dessas duas leis,
que são fundamentais para garantir a vida das pessoas, e não tem dádiva maior
do que poder, Ver. Cecchim, doar para que outra vida seja salva. Doe vida, doe
amor, continue nesse processo na medida em que possa se salvar novas vidas.
Muito obrigada pela atenção de todos. Para mim é
muito emocionante poder voltar 30 anos depois, votar esta lei aqui, uma lei que
surgiu da luta de muitos meninos, de muitas meninas e que está materializada na
minha família, no meu neto Matheus Cony e na família do Beto, no Pietro
Albuquerque, e que terá a aprovação de toda esta Casa, que, sem dúvida alguma,
continuará junto conosco onde preciso for, buscando doadores de medula óssea.
Obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Ver.ª Jussara, eu tenho limitações, aqui na
presidência dos trabalhos, com relação à fala, mas preciso dizer que V. Exa.
está de parabéns, que realmente há um desconhecimento muito grande sobre a
medula óssea.
O SR. PEDRO
RUAS: Só para registrar, Excelência, o nosso apoio, meu e da Ver.ª Melchionna.
Apoiamos integralmente o projeto, só não vamos à tribuna para ganharmos tempo
com a Sessão de hoje. Parabéns para a Ver.ª Jussara Cony também.
O SR. TARCISO
FLECHA NEGRA: Jussara, um projeto maravilhoso como este tem o apoio do PSD também.
O SR. IDENIR
CECCHIM: É tão importante este assunto, Vereador, que nós também encaminhamos
aqui do microfone de apartes para votar mais rápido este projeto.
O SR. CASSIO TROGILDO:
Também para agilizar, Presidente, em nome da Bancada do PTB, que
inclusive tem o Ver. Paulo Brum, que é Presidente da COSMAM, encaminhamos
favoravelmente, em nome do Ver. Brasinha também e do Ver. Elizandro.
O SR. PAULINHO
MOTORISTA: Em nome da Bancada do PSB – em meu nome e do Ver. Airto Ferronato –,
também somos favoráveis a essa caminhada.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Na mesma linha do Sr. Presidente, o projeto é
meritório. Vamos votar logo. Somos a favor.
Encerrada a discussão. (Pausa.) Em votação o PLL nº
013/13. (Pausa) Os Srs. Vereadores
que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
REQUERIMENTO - VOTAÇÃO
(encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
REQ.
Nº 208/13 – (Proc. nº 3419/13 – Verª Fernanda Melchionna e Ver. Pedro Ruas) – requer Moção de
Solidariedade com os funcionários nomeados para o cargo de Técnico de
Enfermagem, no quadro funcional do Município de Porto Alegre, pela manutenção
da referência (letra) adquirida no cargo anterior de Auxiliar de Enfermagem.
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Em votação o Requerimento nº 208/13. (Pausa.) A
Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra para encaminhar a votação do
Requerimento nº 208/13.
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: Sr. Presidente, Ver. Bernardino, eu venho aqui em
nome do PSOL, do nosso Líder, Ver. Pedro Ruas, e em meu nome, muito rapidamente
explicar que esta Moção é uma questão de justiça. Esta Moção é uma questão de
garantir que a carreira dos Auxiliares em Enfermagem seja resgatada, porque, na
verdade, nós temos dois tratamentos e o mesmo cargo em extinção no Município de
Porto Alegre. Estão aqui os colegas Técnicos em Enfermagem pedindo que se
devolvam os direitos, no sentido de resgatar, porque a categoria luta contra
qualquer retirada de direitos.
Então eu explico: o cargo de Auxiliar de Enfermagem
foi extinto a partir de 1998, é um cargo em extinção. O cargo de Técnico em
Enfermagem substitui o cargo de Auxiliar. Até 2010, o servidor de Enfermagem
aprovado em concurso para Técnico de Enfermagem podia continuar no plano de
carreira exatamente na mesma classificação horizontal, porque as atribuições
são as mesmas que a pessoa aprendeu durante 20 anos como Auxiliar de
Enfermagem, e ela precisa ter no seu plano de carreira a valorização do período
em que esteve naquele cargo.
E até 2010, assim era encarado, Ver. Pedro Ruas.
Depois de 2010, começou a se colocar quem passasse em concurso para técnico lá
para o início da carreira, rasgando os 10, 15, 20, 25 anos dedicados ao serviço
público e ao cargo de Auxiliar de Enfermagem. Então, o projeto é muito simples,
é uma Moção de Solidariedade aos trabalhadores, é uma questão de justiça, é uma
questão de reparação, é uma questão de isonomia, é uma questão de direitos, é
uma questão de valorização de um plano de carreira que valorize a experiência,
a dedicação e a construção do serviço público municipal na área da Saúde. Muito
obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Em votação o Requerimento nº 208/13. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
O SR. PEDRO RUAS (Requerimento): Sr. Presidente, solicito a
inversão da ordem da priorização de votação, para que possamos, imediatamente,
passar para a discussão e votação do PR nº 037/13 e do PLL nº 292/13. Após
retornaremos à ordem normal.
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Em votação o
Requerimento de autoria do Ver. Pedro Ruas. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 2760/13 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 037/13, de autoria do Ver. Pedro Ruas, que concede a Comenda Porto
do Sol a Antonio Augusto da Silva Fagundes e a Euclides Fagundes Filho.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Reginaldo Pujol: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CECE. Relatora
Verª Sofia Cavedon: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 11-12-13.
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Em discussão o PR nº 037/13. (Pausa.) Não há quem
queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 2587/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 292/13, de autoria do Ver. Guilherme Socias
Villela, que concede o título de Cidadã de Porto Alegre à senhora Maria
Bernadete Cordoni Magalhães.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Reginaldo Pujol: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CECE. Relatora
Verª Séfora Mota: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável de dois
terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2º, V, da LOM;
- votação nominal nos termos do art. 174,
II, do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia em 11-12-13.
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Em discussão o PLL nº 292/13. (Pausa.) Não há quem
queira discutir. Em votação nominal o PLL nº 292/13. (Pausa.) (Após a apuração
nominal.) APROVADO por 27 votos SIM.
REQUERIMENTO - VOTAÇÃO
(encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
REQ. Nº 202/13 – (Proc. nº 3270/13 – Ver.
Professor Garcia) – requer Moção de Solidariedade com os
profissionais de Educação Física para que seja realizado concurso público para
a Secretaria Municipal de Esportes (SME).
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Em votação o
Requerimento nº 202/13. (Pausa.) O Ver.
Professor Garcia está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº
202/13.
O SR.
PROFESSOR GARCIA: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores,
faço esta Moção de Solidariedade aos profissionais de Educação, porque, há
quase dez anos, a Secretaria Municipal de Esportes – uma Secretaria que, nos
últimos anos, perdeu quase 40% do seu quadro em função de aposentadorias – não
faz concurso para os profissionais área. Nós últimos anos, a Secretaria
Municipal de Educação tem abastecido alguns profissionais para a Secretaria
Municipal de Esportes; mas o Tribunal de Contas fez um apontamento dizendo da
ilegalidade, porque, se foi feito concurso para a Educação e ele vai para uma
outra Secretaria, é desvio de função.
Estamos fazendo esta Moção de Solidariedade – não
tive a oportunidade de conversar com o Prefeito Fortunati, mas já conversei,
inclusive, com o Vice-Prefeito – para que saia, o quanto antes, o concurso para
os profissionais da área de Educação Física, que são aqueles que trabalham nas
praças, nos parques, nas academias ao ar livre, que precisam de profissionais,
e tem que sair um concurso público. Então, o que nós queremos aqui é justamente
isso, essa Moção de Solidariedade para sensibilizar. Sabemos da dificuldade do
Poder Público, só que administrar uma Secretaria com menos de 80 funcionários,
onde grande parte, hoje, dos seus profissionais trabalham em quatro locais –
dois dias numa praça, dois dias na outra, outro dia na outra – para tentar pelo
menos dar o mínimo de atendimento... O que nós queremos, de forma fraterna, é
que essa Moção de Solidariedade faça com que o Prefeito sensibilize e abra
concurso público. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 202/13.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, quero encaminhar essa Moção,
favoravelmente, porque a Secretaria de Esportes, só no ano passado, se retirou
de 23 praças e parques, porque está completamente desprovida de recursos
humanos e de recursos materiais. E o Ver. Pedro Ruas pede que eu fale também em
nome do PSOL.
Nunca o esporte e o lazer foi tão vilipendiado na
cidade de Porto Alegre. Um desrespeito com as comunidades organizadas: muitas
comunidades se organizaram nas praças e parques para manter, com o seu esforço,
com a sua organização e mobilização, os equipamentos em dia – exemplar disso é
a Praça Arariboia. Todos os Ginásios, como o Tesourinha, todos os espaços de
lazer desta Cidade vêm sofrendo com a saída dos professores, com a não
reposição de pessoal e com a absoluta retirada de recursos, Ver. João Derly,
porque o orçamento do esporte também veio reduzindo brutalmente. A gente sabe,
está chegando o verão, e não tenho ideia do que serão as piscinas este ano, mas
todo o fim de ano, início de verão, a gente se depara com centros comunitários
muito mal conservados, pouquíssimo revitalizados e atualizados, para que acolha
com cuidado, com segurança, as nossas crianças e os nossos adolescentes.
Os recursos humanos retirados das praças e parques
têm causado o abandono dessas áreas, e abandono para frequência, infelizmente,
de moradores de rua, para a presença do lixo, para a ausência da atividade
física, da possibilidade do encontro e do esporte. Equipamentos públicos
importantes, como o Parque Ipanema, inclusive com quadra de tênis, que, depois
de 2011, quando nós fomos para lá com o Câmara na Comunidade, houve uma
sugestão nossa de que voltasse a ter professor, porque lá havia vestiário,
havia quadras, mas estava tomada por moradores de rua, por lixo, pelo terminal
da T11, e poderia citar uma série de outros lugares, onde a saída do professor,
como a Praça Florida, causou um abandono de áreas públicas e vitais para o
esporte e o lazer. O esporte e o lazer, junto com a cultura, têm sofrido dessa
redução, dessa opção política de redução orçamentária na cidade de Porto
Alegre.
Portanto, o Ver. Professor Garcia, que é da base do
Governo, que já foi Secretário, que é da área, propõe uma Moção de Repúdio –
uma posição de apoio, parece-me. E eu quero dizer que vou votar a favor, como
um repúdio ao tratamento que este governo tem dado ao esporte e ao lazer, a
ponto de o Secretário se mobilizar, junto com professores e junto com
lideranças comunitárias, junto à Comissão de Educação, Cultura, Esporte e
Juventude, para que essa situação tão degradante se revertesse. Então, nós
apoiamos, mas como um repúdio a essas opções.
Neste último minuto, eu quero dizer a Vossas
Excelências que o que a gente assistiu, há pouco, foi muito parecido com o que
a gente viu de postura dos livreiros, dos editores e representantes das
editoras de São Paulo. Vossas Excelências fizeram uma opção de privilegiamento
das quatro maiores editoras do País, sediadas em São Paulo. Elas vêm aqui, de
forma usurpadora, de forma desleal com as livrarias, e fazem o comércio desleal
direto da escola. E a postura delas, de se reunirem conosco na CECE, de se
reunirem na Câmara do Livro, de serem chamadas para a reunião e, no outro dia,
Delegado Cleiton, não saberem de nada, não terem acordo, não reconhecerem
diálogo, foi lamentavelmente uma postura que eu vi aqui em alguns Vereadores.
Que lamentável, que triste! Saíram daqui, hoje, Ver. Fernanda, livreiros e
editores do Rio Grande do Sul – as pequenas editoras do Rio Grande do Sul –,
lamentando a postura desta Casa, que repetiu a postura irresponsável dos
livreiros do Estado de São Paulo – do Estado de São Paulo. A opção pela
comercialização foi do Estado de São Paulo, e não do Rio Grande do Sul. E,
portanto... Sei que dói ouvir isso, mas tem que doer a opção que esta Câmara
fez. E a minha votação, Ver. Garcia, favorável à sua Moção, desconhece
diferença partidária. Todas as em vezes que houver encaminhamento de um bom
projeto, de uma boa moção, esta Vereadora dará apoio, mas, lamentavelmente,
muitas vezes o que a gente vê aqui é retaliação à oposição; e lamentavelmente,
Ver. Professor Garcia, a opção para as grandes editoras, e não para os pequenos
e para o comércio do Rio Grande do Sul. Que pena! A Câmara de Vereadores faltou
ao Rio Grande, faltou às livrarias e faltou à Cultura.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Eu quero dizer para todos os Vereadores que este
Presidente não tem mais controle do painel como se tinha antigamente. Depois
daquela visita inesperada que tivemos aqui nesta Casa, muitas coisas ainda não
foram consertadas, então este Presidente não tem comando. Até então, nós
podíamos cortar o microfone, o que hoje não se faz mais. Eles ficam reclamando,
Ver.ª Sofia, para o Presidente, mas eu não tenho mais o que fazer a não ser
tocar a sineta para alertar – de sinetas muitos de nós entendemos – que o tempo
terminou. E mais ainda: nós precisamos respeitar o assunto. Aqui nós temos
momentos em que o assunto é liberado; em outros, o assunto pertinente tem que
ser pautado.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Vereador, solicito que os Vereadores, por favor, se contenham em
criticar a formulação que faço na tribuna. Acho que todos os Vereadores são
livres para encaminhar as moções como quiserem, com o argumento que quiserem, e
essa é liberdade de o cidadão e do Vereador no plenário.
O SR. JOÃO
CARLOS NEDEL: Eu só queria dizer, Sr. Presidente, que V. Exa. não precisaria cortar se
os Vereadores fossem responsáveis. Obrigado.
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Obrigado, obrigado.
(Aparte antirregimental.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Foi força de expressão do Ver. Nedel. Ele não lhe
incluiu, ele só se referiu aos Vereadores que não respeitam o tempo, só isso!
O SR. ALCEU
BRASINHA: Imediatamente, não gostei da declaração do Ver. Nedel, porque, na
realidade, ele incluiu todos os Vereadores. Se algum Vereador não tem
responsabilidade, o problema é dele, mas não são todos.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Sr. Presidente...
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Ver.ª Sofia, não dá! A senhora foi ofendida? Eu vou
dar um tempo para avaliar a ofensa, e, se for considerado assim, vou lhe dar o
tempo regimental. Até o momento, eu não ouvi ofensa à sua pessoa. Mas vamos
seguir. Vamos com calma. Não vou dar mais apartes! Eu não vou mais conseguir
conduzir os trabalhos. Não dá para atender a vontade de cada um, por favor!
O SR.
REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, solicito que V. Exa. identifique
qual é o projeto que está sendo votado, porque se discute de tudo, menos o
projeto!
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Ainda não foi votado o projeto. Mas V. Exa. tem razão: é tanta
interferência! Nós estamos na votação do Requerimento nº 202/13, de autoria do
Ver. Professor Garcia, que requer Moção de Solidariedade aos profissionais de
Educação Física para que seja realizado concurso público para a Secretaria
Municipal de Esportes. É isso, Ver. Reginaldo Pujol.
O Ver. Mario Fraga
está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº 202/13.
O SR. MARIO FRAGA: Sr. Presidente, Sras.
Vereadoras, Srs. Vereadores, público das galerias, público que nos assiste pela
TVCâmara, venho encaminhar pela Bancada do PDT, Partido Democrático
Trabalhista, composta pelo Ver. Delegado Cleiton, Ver. Luiza Neves, Ver. Nereu
D’Avila, Ver. Márcio Bins Ely, nosso Presidente Dr. Thiago e este Vereador. O
Ver. Janta, nosso companheiro da Força Sindical, já fez parte dessa brilhante
Bancada. Faço uma saudação ao Janta, que não tinha opção neste momento. Também
vejo aqui o meu amigo Pedro Melo, que agora trabalha com o Ver. Paulinho. Ele
também é professor de educação física, Ver. Professor Garcia, como Vossa
Excelência. Então, eu tenho certeza de que o PDT não poderia encaminhar
diferentemente, Ver. Bernardino Vendruscolo, essa Moção de Solidariedade para
que seja realizado um concurso. Vejam V. Exas., em 2006, Ver. Professor Garcia,
eu era Secretário Municipal de Esportes, e já tínhamos dificuldades com os
professores de educação física. Aliás, além de alguns poucos funcionários
administrativos, quem toca a Secretaria Municipal de Esportes são os professores
de educação física. Hoje nós temos 38 parques que são ministrados, cuidados,
administrados pela Secretaria Municipal de Esportes, e nem todos têm
professores de educação física. Hoje o Secretário Edgar Meurer está, há três
anos, à frente da Secretaria. Ela trabalha com muitos estagiários, os quais se
dedicam plenamente à função que ele tem, mas o Ver. Professor Garcia sabe que
não é a mesma coisa que um professor.
Então, nós, do PDT, através da nossa Bancada, viemos aqui dar os parabéns, mas não só dar os parabéns, Ver. Professor Garcia, mas também dizer que ela é justa, merecida. Eu sou Vice-Líder do Governo Fortunati, assim como o Ver. Paulinho e assim como Ver. Reginaldo Pujol. Então, eu encaminho também como Vice-Líder do Governo Fortunati e dou os parabéns, mais uma vez, e tenho certeza que a Bancada do PDT... E agora o Ver. Airto Ferronato, o Líder do Governo, também faz um sinal de que também vai nos acompanhar. Nós estamos contentes com essa Moção, e, se Deus quiser, que dê certo e que, logo em seguida, a Secretaria Municipal de Administração faça esse concurso. Eu já havia falado no nome do Ver. Reginaldo Pujol, o qual também me faz o sinal positivamente. Então, Ver. Professor Garcia, mais uma vez, futuro Presidente desta Casa, meus parabéns.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Em votação o Requerimento nº 202/13. (Pausa.) Os
Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com
aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 0833/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 059/13, de autoria do Ver. João Derly e da Verª
Jussara Cony, que altera o parágrafo único do art. 2º da Lei nº 8.465, de 20 de
janeiro de 2000 – que institui o ensino dos Direitos Humanos no currículo
escolar do ensino fundamental e médio das escolas da rede municipal de Porto
Alegre –, incluindo a Lei Federal nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria
da Penha), no rol de normas que guiarão atividades realizadas como temas
transversais.
Parecer:
-
da CCJ. Relator Ver. Nereu D’Avila: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto.
Parecer Conjunto:
- da CECE e CEDECONDH. Relatora-Geral Verª Séfora
Mota: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 30-10-13.
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Em discussão o PLL nº 059/13. (Pausa.) O Ver. João
Derly está com a palavra para discutir o PLL nº 059/13.
O SR. JOÃO DERLY: Boa-tarde,
Sr. Presidente e demais Vereadores, público nas galerias, venho, como autor,
encaminhar e, juntamente com a minha colega de Bancada, Jussara Cony,
manifestar a importância desse projeto, de incluir no ensino dos direitos
humanos a Lei Maria da Penha para o ensino fundamental e o ensino médio nas
escolas. Nessa batalha do enfrentamento da violência às mulheres, há a
importância de esse tema ser levado também para as escolas, para que, dentro
das escolas, possamos ensinar aos jovens, às crianças, as diferenças entre
homem e mulher e o respeito para com as meninas, com as mulheres, e isso deve
partir desde cedo. Então, o que acontece? Muitas vezes, as crianças repassam o
que veem em casa e, muitas vezes, não têm o conhecimento da violência executada
sobre as mulheres. Então, no intuito de defender uma educação de qualidade e
combater a violência contra as mulheres, sanando um pouco esse problema, é
inserir, desde criança, o conhecimento das diferenças e sanar esse problema
grave que sofremos na nossa Cidade. Destacamos também que a Lei Maria da Penha
foi resolução da primeira Conferência Nacional de Educação – Conae, do segundo
Plano Nacional de Políticas Públicas para as Mulheres, que pode ser abordado
desde a Educação Infantil, com material didático apropriado e os Parâmetros
Curriculares Nacionais, que enfatizam o compromisso com a construção da
cidadania, sendo, portanto, necessária, uma prática educacional voltada à
compreensão da realidade social e dos direitos e responsabilidades em relação à
vida pessoal, coletiva e ambiental. Então, tirando um dos temas de resolução da
Conferência Nacional de Educação – Conae, que é favorável, e foi até matéria de
discussão, Ver.ª Jussara Cony, a nossa proposição de um projeto de lei para que
a Lei Maria da Penha seja inserida nas escolas.
Então, nesse intuito, aqui também foi aprovado, há
pouco tempo, o direcionamento de vagas para as mães, as gestantes e para
aquelas mães com crianças de colo. No mesmo intuito, nós, combatendo toda
violência e agressão às mulheres, pedimos encarecidamente que os Vereadores
votem favoravelmente a este projeto. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): A Ver.ª Fernanda Melchionna está
com a palavra para discutir o PLL nº 059/13.
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: Boa-tarde a todas e a todos, eu queria encaminhar
em nome da Bancada do PSOL, e também na condição de Presidente da Comissão de
Direitos Humanos, mandato que finda. Por outro lado, nós tivemos a oportunidade
de vivenciar uma série de violações que ocorrem na sociedade. E uma, inclusive,
em que nós fizemos uma cartilha, escrita pela Nina Becker, nossa assessora da
Comissão, lançada na Feira do Livro, tem justamente a ver com a necessidade de
explicar a Lei Maria da Penha, Ver. João Derly, como V. Exa. falava aqui na
tribuna. Forneceu um instrumento que pode ajudar a apreensão de direitos e,
sobretudo, a orientação do que fazer em caso de violência. E nada poderia ser
mais importante nesses momentos em que nós vemos que, apesar da conquista da
Lei Maria da Penha, da tipificação dos tipos de violência que a mulher pode
sofrer em casa, dos casos graves que ocorrem semanalmente, cotidianamente com
as mulheres no Brasil afora, apesar dessa enorme conquista do Movimento de
Mulheres, do Movimento Feministas, nós vemos que os recursos destinados à
execução das políticas protetivas, da efetivação dos espaços do Executivo, do
Judiciário, dos espaços de referência e de encaminhamento das mulheres vítimas
da violência, ainda é ínfimo perto do que é gasto com outros fins. A nossa
assessora Nina Becker nos repassou um e-mail
falando de uma pesquisa em que mostra que menos de 0,7 do Orçamento Federal é
destinado à aplicação e à efetivação de medidas protetivas às mulheres vítimas
da violência. E, ao mesmo tempo, nós temos cinco mil casos anuais de violência,
de feminicídio como é chamado, que são crimes, homicídios pelo gênero,
feminicídio, como o Movimento de Mulheres denomina. Então eu acho que, quando a
gente faz essa crítica, a busca pela efetivação das políticas públicas passa,
evidentemente, pelo combate a uma sociedade extremamente desigual; portanto,
inserindo um problema de classe dentro da discussão do Movimento de Mulheres,
mas também passa pela efetivação de recursos que possam garantir as políticas
públicas, que possam avançar nos números. Nós temos apenas uma Delegacia da
Mulher numa cidade do tamanho de Porto Alegre! Nós temos a maioria das cidades
do Interior sem Delegacia da Mulher! Nós temos uma rede de abrigagem em que não
cabe sequer mais de 60 mulheres, em função da falta de recursos, de
investimentos – obrigada Ver.ª Séfora – para efetivação dessas políticas
públicas. Então, batalhar, mostrar que, enquanto os recursos estão indo para
obras da Copa, para dívida pública, para publicidade, as nossas mulheres estão
morrendo.
E, por fim, a questão cultural é muito importante,
Ver. João Derly e Ver.ª Jussara Cony. Discutir isso na escola desde o Ensino
Fundamental até o Ensino Médio é muito importante, seja para as mulheres se
empoderarem; portanto, não aceitarem, quando crescerem, qualquer tipo de
violência, mas também para ajudar em casa. Quantas de nós não conhecemos ou não
vimos dentro da própria família violência contra a mulher? Ou em casas de
amigos ou em redes? Quantas de nós não vemos sistematicamente os casos brutais
de assassinatos, crimes violentos, onde 70%, no caso de mulheres violentamente
assassinadas, o são pelos maridos, ex-maridos, companheiros e ex-companheiros?
E mais: a mudança cultural também passa pelos
meninos, para a educação e para o combate ao machismo, desde a escola,
buscando, de fato, uma sociedade igualitária, uma sociedade livre, uma
sociedade que respeite as suas mulheres. Nós não temos dúvida de que esta
mudança também tem que ser construída desde a idade escolar, lá no Ensino
Fundamental, passando pelo Ensino Médio, formando para a educação em direitos e
formando para o empoderamento das mulheres e para o combate ao machismo também
com os meninos, na escola. Podem contar com o voto da Bancada do PSOL para este
projeto.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para
discutir o PLL nº 059/13.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras; Ver.ª Jussara Cony,
acho que é um momento muito importante o que nós estamos discutindo. Eu sempre
problematizei muito a inclusão de qualquer disciplina no currículo, Ver.ª
Fernanda Melchionna, mas tem algumas questões que são de ação afirmativa e são
fundamentais. Esse tema da violência contra a mulher... E neste caso não é a
violência só, são os instrumentos de que nós temos que nos apropriar para que
essa violência seja coibida, seja banida das famílias e da vida das mulheres. É
um tema que, apropriado desde a escola, pode alterar a vida das mulheres.
A Lei Maria da Penha tem que ser
como uma cartilha diária na mão das mulheres, das crianças, dos adolescentes.
Infelizmente a condição de liberdade, de dignidade da mulher não vem crescendo
e melhorando em função da melhoria da qualidade de vida, em função da
erradicação da miséria. O que a gente pensaria, Ver.ª Any, que aconteceria
naturalmente em função do emprego, da erradicação da miséria, do
desenvolvimento, que as mulheres sofressem menos violência. Lamentavelmente,
não. Infelizmente a mulher é a grande vítima ainda no tema da violência. A Lei
Maria da Penha ajuda a identificá-la porque não é só a violência física, há a
violência psicológica, seriíssima. Quantas jovens se suicidam porque vivem a
violência psicológica. Há também a violência sexual, brutal, que assola meninas
– infelizmente os adolescentes jovens em países, inclusive desenvolvidos, a
praticam pela banalização da sexualidade e submissão da mulher às relações de
poder. A violência patrimonial é configurada pela Lei Maria da Penha, que tem a
ver com a subtração de bens – não pensem que isso é incomum. A mulher, quando
quer a sua liberdade, é retirada da sua casa e retirada dos seus pertences,
deixada na vulnerabilidade porque não tem autonomia econômica. A violência moral,
quando a mulher sofre a calúnia, a difamação, a injúria, também é praticada
contra a mulher, em especial vinculado ao tema da sexualidade. Esta Lei contém
medidas protetivas, garantia de atendimento da mulher, a penalização, a
tipificação do crime, que tem que ser do conhecimento de meninos e meninas, tem
que ser conteúdo das escolas. As medidas protetivas, que por mais que ainda não
estejam completas, aqui fala a Ver.ª Fernanda, é verdade, nós estamos lutando
para que se tenha a Delegacia da Mulher em todas as regiões, para que se tenha
a Patrulha Maria da Penha, mas nós já temos, francamente, em franco
desenvolvimento muitas ações nesse sentido. O conhecimento, a apropriação dessa
legislação, dessa violência, torna não facilmente banal, a banalização, a
incorporação, a naturalização nas relações, mas mais que
isso, faz com que meninos e meninas, professoras e professores, e aí falo
especialmente sobre as nossas mulheres professoras, o fato de elas ensinarem,
com certeza, vai transformar as suas vidas, fato de elas se apropriarem da Lei
Maria da Penha vai transformar a sua postura de professoras, vai alterar para
uma postura de professora que não reproduz através da educação o sexismo, a
discriminação, o lugar da mulher, a submissão da mulher às razões masculinas.
Quero encerrar
lembrando que Maria da Penha Maia Fernandes, de Fortaleza-Ceará, é uma
biofarmacêutica brasileira que lutou para que o seu agressor fosse condenado,
com 60 anos e três filhas, ela é líder do Movimento de Defesa dos Direitos das
Mulheres, vítima emblemática da violência doméstica. Maria da Penha, não é à
toa este nome, é de uma situação muito grave vivida por uma mulher que
corajosamente veio a público e transformou a violência que sofreu num
instrumento de libertação de outras mulheres.
Muito pertinente,
Ver.ª Jussara, a discussão que a Conae, Conferência Nacional de Educação,
fez. Nós, nesta Casa, vamos consagrar para que os currículos incorporem
definitivamente esse instrumento de libertação de homens e mulheres, não só de
mulheres.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Delegado Cleiton está com a palavra para discutir o PLL nº
059/13.
O SR. DELEGADO CLEITON: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores e Sras. Vereadoras, funcionários desta Casa, público que aqui nos
assiste e também pela TVCâmara; venho aqui, creio que também em nome da minha
Bancada, para referendar esse projeto de autoria do nobre colega João Derly e
da minha querida amiga Jussara Cony. Eu, como professor de Direitos Humanos, da
Academia de Polícia, acho muito importante esse projeto vir para os bancos
escolares. Sempre digo nesta Casa que segurança se faz com educação. Não
adianta prender, prender, operação, operação, se não transformarmos, se não
trouxermos projetos para dentro das escolas para educar o cidadão. O projeto
Maria da Penha, situações que até mesmo, infelizmente, nas próprias delegacias
e órgãos responsáveis, muitas vezes têm dificuldade na interpretação destas
normas. Temos aqui em Porto Alegre a Delegacia de Defesa da Mulher, que fez,
neste ano, 25 anos, sob o comando, até pouco tempo, da nossa querida Delegada
Nadine, hoje vice-presidente da Associação dos Delegados. A importância desses
dois temas, dentro dos bancos e dos currículos escolares, dá a dimensão que é viver
em sociedade e quebrar algumas regras que até então eram as regras que ditavam
a nossa convivência, em que homem podia bater em mulher, tranquilamente, e não
dava em nada; em que o desrespeito às mulheres era normal; em que o desrespeito
aos direitos humanos era normal. Eu gostaria que fosse incluído aqui o Estatuto
da Igualdade Racial. Acho que seria importantíssimo estar aqui nesta lei também
para que os bancos escolares, os nossos alunos, os nossos futuros cidadãos
tomassem conhecimento, ponto a ponto, de cada regra, de cada norma que faz
parte dessas leis.
Então, senhores,
venho aqui parabenizar os autores desse projeto e solicitar que esse projeto
seja aprovado unanimemente, pois forma cidadão. Isso, sim, é um projeto de
segurança pública, de formação de cidadão. Obrigado, senhores.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): A Ver.ª Séfora Mota está com a palavra para discutir o PLL nº 059/13.
A SRA. SÉFORA MOTA: Boa-tarde a todos e a
todas. Quero parabenizar a iniciativa da Ver.ª Jussara e do Ver. João Derly e
salientar que a Jussara é uma pessoa muito especial, é uma mulher à frente do
seu tempo, que vem batalhando por essa causa, vem batalhando por nós há muito
tempo. E ela criou muito bem os seus filhos – eu tive o prazer de conhecer um
deles, sou amiga e apaixonada por ele, muito querido –, homens com
sensibilidade para encarar e defender junto conosco esse problema.
Eu fui Relatora, e
como mulher não posso nunca deixar de me manifestar, apesar de usar esta tribuna
com bastante parcimônia, quando se fala no respeito, na valorização e na
educação. A gente fala muito em investimento público, mas a gente deveria
entender, e o Poder Público como um todo deveria aprender que prevenção sai
mais barato. E esta é uma maneira preventiva, além de ser educativa e
extremamente importante, é saber lidar com a mulher e ensinar essa lei tão
importante de maneira didática, de maneira que as crianças absorvam e levem
isso para casa. Como a Ver.ª Fernanda disse, eu vivi um caso de violência
contra a mulher por muitos anos, dentro da minha família. E eu sei o quão é
desesperador para a gente e para a mulher, porque a mulher fica com a
autoestima muito rebaixada. E até para você chegar nessa mulher e ajudar é
complicado, porque era na época em que você ia, prestava queixa, depois o
marido ameaçava, e a queixa era retirada. As medidas protetivas existem, mas
não estão sendo eficientes. Antigamente as mulheres apanhavam, hoje,
infelizmente, a gente vê casos absurdos, de homens que se acham donos, porque a
mulher, infelizmente, não tem o direito de, de repente, não querer mais essa
pessoa, de querer sair dessa casa porque esse homem se acha dono. Então, isso é
muito importante para a valorização da mulher e para a educação dos nossos homens
e dos nossos meninos. Eu sempre digo dentro de casa: não é você que tem que
julgar como é a mulher, você tem que respeitar; respeito é fundamental, acima
de tudo.
E eu sei que sou uma
mulher diferente e eu acabo me impondo bastante, porque às vezes eu acabo sendo
julgada por alguma coisa que eu aparento, por ser extremamente vaidosa, por não
me vestir adequadamente como as mulheres, de repente, da minha idade, ou das
mulheres casadas, mas eu exijo respeito e eu faço valer, porque aqui todo mundo
me respeita e eu sei que temos parceiros bastante generosos que vão apoiar esta
causa.
Peço que seja votado
por unanimidade, e eu acredito que todos vão votar favoráveis, e também se
inclua nisso outros, que tratemos dentro das escolas os direitos humanos como
um todo, o direito das pessoas portadoras de deficiência, a qual eu defendo
também, porque são pessoas que são invisíveis e temos que tratar isso dentro do
colégio para ver se conseguimos formar cidadãos melhores para este mundo de
hoje.
A escola hoje tem um
papel fundamental. Ela não só ensina, ela hoje cumpre o papel educativo. Muitas
vezes, famílias degradadas pelo consumo do álcool, pelo consumo de drogas, pela
violência não têm essa capacidade de formar essas crianças. Então, eu fui a
Relatora, sou totalmente favorável e a Bancada do PRB votará favorável também.
Muito obrigada, pela atenção de vocês.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Professor Garcia está com a palavra para discutir o PLL nº
059/13.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Sr. Presidente, Ver.
Bernardino Vendruscolo; Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras; público que nos
assiste; quero de pronto parabenizar o Ver. João Derly e a Ver.ª Jussara Cony
por esta iniciativa. A Lei Maria da Penha tem servido de parâmetro dentro do
Brasil, mas, hoje, ela transferiu os seus ensinamentos em nível mundial.
A questão da
violência doméstica cada vez mais faz um refletir: primeiro, a questão da
valorização da família; segundo, está provado que a grande maioria da violência
contra a mulher ocorre dentro do próprio lar, por parte do seu cônjuge. Neste
ano, eu tive oportunidade de votar um projeto nesta Casa, que é o
disque-violência contra maus-tratos a mulheres, que se
alinha, nesse sentido, encorajando as pessoas, ao verem um vizinho ou uma
vizinha cometendo violência, a denunciar para a polícia.
Quero parabenizar a
forma, Ver.ª Jussara Cony, como foi colocado, incluindo no currículo. V. Exa.
colocou dentro do currículo, mas no sentido transversal, ou seja, na realidade,
é um conteúdo. Ele é um conteúdo que vai fazer parte do currículo como um todo.
E isso aqui tem uma facilidade, porque, sendo conteúdo não está elencada qual a
série – e este é um assunto que deveria perpassar por todas as séries, porque
começa desde a primeira infância, sabendo da questão de troca de afeto, de
carinho, da similaridade entre homens e mulheres, a questão de gênero, tudo
isso está lincado à questão da Lei Maria da Penha. Então, de forma fraterna – e
aqui a nossa Bancada, através do Ver. Idenir Cecchim, nosso Líder; Ver.ª
Lourdes; Ver. Valter; e este Vereador – somos totalmente favoráveis a este
projeto, porque ele vem de forma salutar e preventiva fazer com que muito
daquilo que tenha na Lei Maria da Penha possa não ser realizado. Porque, na
realidade, o que nós queremos é viver numa sociedade plena, onde todos possam
ter melhor convívio, porque violência só gera violência. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Em votação o PLL nº 059/13. A
Ver.ª Jussara Cony está com a palavra para encaminhar a votação do PLL nº
059/13.
A SRA. JUSSARA CONY: O Ver. João Derly e
também os Vereadores que o sucederam já fizeram encaminhamentos que dizem do
patamar e do significado – eu quero agradecer a todos – desse projeto. Mas é
exatamente para poder agradecer a esta Casa e aos Vereadores e Vereadoras que
eu venho a esta tribuna. Quero agradecer aos Relatores, Ver. Nereu, na Comissão
de Constituição e Justiça, e à Ver.ª Séfora Mota, que fez o encaminhamento na
Comissão Conjunta, porque essa é uma iniciativa, Vereadores e Vereadoras, em
que todos vocês demonstraram esta consciência, primeiro, de que ela nasce da
luta das mulheres brasileiras, e de muitos homens também que, ao elevarem a sua
consciência ao patamar de que antecipação da mulher é a medida para o grau de
emancipação de toda a sociedade, Ver.ª Lourdes, se somam à nossa luta.
Quero falar de uma
forma muito particular às companheiras Vereadoras, porque este foi um daqueles
projetos que surgiu, como tantos outros, de cada uma de nós, até do coletivo,
no decorrer do processo da Semana da Mulher, em que iniciamos um trabalho
coletivo aqui nesta Casa.
E quando eu cito
esses homens, companheiros, aliados lado a lado conosco para enfrentar e
terminar, Ver. Garcia, com todas as formas de discriminação e de opressão,
quero dizer que não foi por acaso que coloquei esse projeto junto com o nosso
Ver. João Derly, porque é isso: um homem e uma mulher. O João Derly, inclusive,
na semana, teve aquela iniciativa muito interessante, com seus slogans na porta, com distribuição e
trabalho conjunto, dizendo: “Homem que é homem não bate em mulher; homem que é
homem assume os seus filhos”. O que é uma consigna que nós, mulheres, achamos
fundamental para essas novas relações.
Este é um projeto
que, ao incluir nas escolas, em todos os níveis, sob a ótica dos direitos
humanos e com as transversalidades, Ver. Garcia, nos dará a possibilidade de
formar novos homens, novas mulheres para formar a nova sociedade.
A questão das
transversalidades, que V. Exa. traz muito bem aqui, elas sempre são
estratégicas, se nós quisermos transformar leis e mesmo políticas públicas em
políticas de Estado. E a Lei Maria da Penha nos dá um aval fundamental para
que, nos currículos escolares, possamos transformar as políticas de
enfrentamento, a violência doméstica e familiar, Ver.ª Séfora, exatamente, em
políticas de Estado nas transversalidades e, também, com essa visão republicana
de União, Estado e Município trabalhando em conjunto. Quero agradecer, desta tribuna,
as manifestações de todos os Vereadores e Vereadoras, não só os que vieram à
tribuna, mas no processo dessa construção.
Esta Câmara
Municipal, Ver.ª Mônica – que esteve presente nesta luta sempre –, tem dado, em
determinados momentos, rumos, Ver. Janta, e aí entra também a questão da mulher
trabalhadora, que sofre violência no trabalho, que sofre violência na sua casa,
ao voltar para casa, que é lugar de descanso, de convívio familiar, e esta
Câmara tem sempre se colocado na linha de frente para a aprovação de
legislações como esta.
Um agradecimento
muito especial à Secretaria Municipal da Mulher, à Secretaria Estadual, aos
movimentos organizados das mulheres e à União Brasileira de Mulheres, da qual
fazemos parte – eu, há mais de 25 anos, e as Vereadoras Séfora e Any, assim
como tantas outras mulheres. O Ministério da Mulher, através de uma visita que
fizemos, nos colocou da importância de uma legislação como esta ser dinamizada
em todo o Brasil, porque facilita a compreensão, também, do significado das
políticas públicas do Governo Federal, que são políticas estratégicas,
inclusive, sob o ponto de vista de aporte de recursos, para que nós possamos
transformá-las, efetivamente, em políticas que garantam aquilo que o projeto
diz: é uma prática educacional voltada para a compreensão da realidade social e
dos direitos e responsabilidades em relação à vida pessoal, coletiva e
ambiental.
Outro aspecto deste
projeto é que nós estamos aqui para defender – finalizo – uma educação pública,
laica, gratuita e de qualidade, que inclui, em seu currículo, em todos os
níveis e modalidades do ensino – educação básica e superior –, as questões de
relação de gênero, que servem como prevenção à violência contra as mulheres,
independentemente de idade, raça, etnia e orientação sexual, e todas as
questões de luta do próprio povo brasileiro. Quando uma mulher luta contra a
violência e pela sua emancipação, ganha a sociedade, ganha a família, ganha o
homem. Portanto, é com essa intenção que o Ver. João Derly e eu colocamos este
projeto, agradecendo muito – muito mesmo! – a todos os Vereadores e Vereadoras,
porque vamos aprová-lo, também, por unanimidade.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Em votação o PLL nº 059/13. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
(encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
REQ. Nº 181/13
– (Proc. nº 2946/13 – Ver. Delegado Cleiton) – requer a constituição da Frente
Parlamentar em Defesa da Cadeia Produtiva do Carnaval no Município de Porto
Alegre.
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Em votação o
Requerimento nº 181/13. (Pausa.) O Ver. Delegado Cleiton está com a palavra
para encaminhar a votação do o Requerimento nº 181/13.
O SR. DELEGADO CLEITON: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, Sras. Vereadoras, funcionários da Casa, público que nos assiste,
venho, aqui, defender a constituição da Frente Parlamentar em defesa da cadeia
produtiva do carnaval.
É uma Frente que irá
trazer para o debate toda a cadeia produtiva do nosso carnaval, carnaval de
Porto Alegre, que é o terceiro, ou quarto, melhor carnaval do Brasil, e do
melhor espetáculo, do maior espetáculo do mundo.
Muitas pessoas
participam do carnaval, mas não têm a ideia da dimensão que é a estrutura de
preparação de 365 dias para o carnaval de Porto Alegre.
Algumas pessoas
pensam que o carnaval de Porto Alegre gira em torno dos quatro dias de desfile!
Mas não é assim, senhores! Ele move, nos 365 dias do ano, um grupo muito grande
de trabalhadores. Nesses, estão incluídos serralheiros, artistas plásticos,
recicladores, costureiras, indústrias de instrumentos, de metal, artistas,
compositores, cantores, além do trabalho social que é efetuado pelas escolas de
samba em suas comunidades.
Muitas vezes, as
pessoas não sabem que essas escolas são constituídas de pessoas, na sua
maioria, simples, de uma comunidade, e que trazem para dentro da escola de
samba, trazem para dentro do carnaval, um trabalho social, um trabalho com os cidadãos
daquele entorno. Sempre falo que é trabalhando em educação que se faz segurança
pública, isso eu não canso de dizer e essas escolas, na sua maioria, fazem
isso. Então, essa Frente Parlamentar é para discutir não só com as pessoas que
vivem esse mundo do Carnaval, não só para discutir com os presidentes de
escolas de samba, não só para discutir com os sambistas, com as bailarinas, com
as dançarinas, mas para discutir com toda a Porto Alegre essa situação que nos
traz turismo. No ano que vem teremos a Copa, turistas virão para cá, muitos
antecipadamente pelo nosso Carnaval que será em março. O turismo traz divisas,
traz dinheiro, então, o Carnaval faz parte, sim, de toda essa movimentação,
dessa engrenagem que traz turistas para Porto Alegre. Então, senhores, eu
gostaria que votassem a favor da constituição dessa Frente, onde poderemos
debater amplamente a história do Carnaval de Porto Alegre, inclusive, esse
nosso palco maior, que nunca está pronto, do qual só se ouve falar quando
estamos próximos da data do Carnaval. Depois nós vimos o Ministério Público
cobrando a segurança, quase sempre tentando impedir o Carnaval, mas esquecemos
que existe ali mais alguma coisa pode ser feita, como escola, como foi feito no
Rio de Janeiro. Então, eu peço aos senhores a sensibilidade de votarem a favor
dessa Frente Parlamentar. Obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Em votação o Requerimento nº 181/13. (Pausa.) Os
Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
(encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ. Nº 080/13
– (Proc. nº 1327/13 – Verª Lourdes Sprenger e outros) – requer a constituição da Frente
Parlamentar Porto Alegre sem Maus-Tratos aos Animais.
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Em votação o Requerimento de nº 080/13. (Pausa.)
Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
REQUERIMENTO - VOTAÇÃO
(encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
REQ. Nº 197/13 –
(Proc. nº 3212/13 – Ver. João Derly) – requer Moção de Solidariedade com o Grêmio Náutico União,
pelo incêndio ocorrido no dia 12/11/13.
O
SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Em votação o Requerimento nº
197/13. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
REQUERIMENTO - VOTAÇÃO
(encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
REQ. Nº 051/13 – (Proc. nº 0812/13 – Ver.
Mauro Pinheiro) – requer a constituição da Frente Parlamentar em
defesa da Micro, Pequena e Média Empresa.
O
SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Em votação o
Requerimento nº 051/13. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
Em votação o Requerimento, de autoria do Ver. João Carlos Nedel,
solicitando a retirada de tramitação do PR nº 017/13. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo – às 16h51min): Encerrada a Ordem
do Dia.
Apregoo Requerimento, de autoria do Ver.ª Luiza
Neves, solicitando Licença para Tratamento de Saúde no dia 10 de dezembro de
2013, à tarde.
Apregoo Requerimento,
de autoria do Ver.ª Any Ortiz, solicitando Licença para Tratamento de Saúde no dia
9 de dezembro.
O Ver. Mauro Pinheiro
está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. MAURO PINHEIRO: Ver. Bernardino, que preside
esta Sessão; demais Vereadoras, Vereadores; público que nos assiste, quero
aproveitar esta oportunidade de falar em Liderança, Ver.ª Sofia, e fazer um
pequeno relato da nossa CPI da Procempa. Hoje tivemos mais uma reunião, o
depoente foi o Matusalem Alves, que foi Gerente de Logística, Ver.ª Lourdes.
Foi bastante importante o depoimento, pois o Sr. Matusalem foi bastante sucinto
e não fugiu das respostas, assumindo as suas responsabilidades como gerente,
falando e respondendo as perguntas dos Vereadores. Algumas respostas do Sr.
Matusalem nos deixaram bastante preocupados, pois ele foi bastante claro,
principalmente nas questões de como eram tratadas as contratações de empresas e
as compras de alguns produtos. Inclusive, ele citou, declarou a respeito da
construção do Centro Integrado de Comando – um recurso que veio do Governo
Federal para a EPTC construir o Centro Integrado, uma obra para Copa do Mundo
–, que o Ceic teve preferência de ser feito pela Procempa por uma manifestação
da Sra. Ana Pellini, que, segundo ele, é funcionária contratada pela Procempa,
mas que nunca trabalhou na Procempa, trabalha em outros órgãos, o que já é um
motivo de preocupação. Disse que ela, em determinada reunião, falou que era
melhor fazer pela Procempa, porque na Procempa não precisava fazer licitação. E
eu fico espantado como o dinheiro público era tratado na empresa Procempa. E o
Ver. Clàudio Janta fez uma pergunta: “Mas a Copa foi no ano passado?”, porque
havia pressa de terminar o Centro Integrado de Comando, diferente das obras do
BRT da Av. Protásio Alves, da Av. Bento Gonçalves, obras que estão todas
paradas; quando se passa por lá, não se vê ninguém trabalhando, lá a velocidade
não era tão rápida! Mas por que tanta pressa em terminar o Centro Integrado de
Comando? Segundo o Sr. Matusalem, a Sra. Adriana Alves e a
Sra. Clarisse Costa, o Ceic – Centro Integrado de Comando, teria pressa porque
tinha que bater fotografias para serem usadas na campanha política de 2012. Sem
licitação, com fins eleitoreiros! Começo a me preocupar com o resultado da CPI:
onde vamos parar?
Mais uma questão
preocupante: o Gerente de Logística, o Sr. Matusalém, nos falou que era
corriqueiro na Procempa primeiro contratar e depois fazer o processo. Citou
como exemplo, o processo de reimpressão de 1500 livros a pedido do Secretário
de Gestão, Urbano Schmitt. Falou com todas as letras: “O Secretário mandou imprimir;
e eu depois fiz o processo para o Secretário”. Inclusive temos e-mails que comprovam; o Ministério
Público já tem uma denúncia minha, uma representação, mas o Gerente de
Logística, que era ligado ao PPS, falou-nos com todas as letras. Primeiro, foi mandado
reimprimir os livros e depois se montou o processo. Ele assumiu a
responsabilidade. Mas esse é o Secretário de Gestão do nosso Município. Se ele
fez isso, até onde ia a maracutaia de não fazer licitação? Quem mais está
envolvido? Também a Miriam Criasom já recebeu R$ 1,2 milhão da empresa
Procempa. E, segundo o Sr. Matusalem, quando chegou lá, também era contratada e
depois se fazia o processo. Então a Lei nº 8666/93, lei das licitações, não
existia na Procempa. Contratavam, faziam e montavam os processos aos valores
que queriam, porque o livro do Sr. Urbano Schmitt, que agora está dito e
comprovado, custou R$ 69 mil, quando, na verdade, o nosso orçamento está em R$
30 mil. Além de não ter processo, eram superfaturados e eram usados recursos da
empresa Procempa para pagar despesas do Paço Municipal. Além do mais, o Sr.
Matusalém, também concordou que o Sr. André Imar participava do grupo de gestão
dos principais Secretários do Município de Porto Alegre. Então, discutiam as
políticas públicas e o Sr. André Imar, quando chegava na empresa, mandava
executar da forma que fosse preciso, independente de processos licitatórios.
Não se cumpria nada! Essas não são as minhas palavras, são as palavras do
ex-Gerente de Logística da empresa, que também já foram confirmadas pela Sra.
Adriana Boniatti e pela Sra. Clarisse da Costa, que era do setor.
Concluindo, acho que temos que começar a nos
preocupar, porque a Procempa, Ver.ª Lourdes, não era uma ilha. Ela executava
serviços para quem? Até onde Secretários estão envolvidos? É isso que a CPI
agora tem que apurar. Nós já sabemos que aconteceu a corrupção, mas quem mais
estava envolvido? Até onde os Secretários estão envolvidos? Até onde o Paço
Municipal sabia? Fiquem tranquilos que nós vamos investigar, a CPI está aí para
isso. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
(O Ver. João Carlos Nedel assume a presidência dos
trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (João Carlos Nedel): O Ver. João Derly está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. JOÃO
DERLY: Boa-tarde, Sr. Presidente, vim trazer um tema muito importante, que foi
lançado ontem pelo Ministério do Esporte, que é a contemplação de dois ginásios
chamados CIE para Porto Alegre. Essa é uma luta muito grande que travei aqui,
em Porto Alegre, tivemos uma discussão na CECE, juntamente com o Secretário
Edgar e seu Adjunto, para que Porto Alegre conseguisse inscrever quatro
terrenos. Na época – foi em janeiro –, as inscrições para poderem ser
contemplados encerravam em abril, e 260 e tantos Municípios foram contemplados
com ginásios distribuídos pelo nosso País, democratizando o esporte. Os CIEs,
Centros de Iniciação ao Esporte, terão mais de 20 modalidades praticadas nesses
ginásios. Os bairros contemplados aqui, em Porto Alegre, serão Restinga e Rubem
Berta – um na Zona Sul, outro na Zona Norte, isso é muito bom para a nossa
Cidade –, atendendo em torno de 3 mil crianças nessas mais de 20 modalidades
olímpicas e paraolímpicas. Eu acho que é um grande ganho para a nossa Cidade,
um grande ganho para as nossas crianças, para os nossos jovens, principalmente
quando nós falamos na escola de turno integral. Poderemos desafogar as nossas
escolas que têm falta de espaço, oportunizando locais para a prática esportiva.
Então, os bairros contemplados, como Restinga e Rubem Berta, serão beneficiados
e atenderão a um número grande de crianças e jovens que praticam esporte. Será
um ginásio poliesportivo contemplado com salas de administração, sala de
professores e técnicos, vestiários, chuveiros, enfermaria, copa, depósito,
academia, sanitário público, além de estruturas para atletismo, estrutura de
para-atletismo, pista de 120 metros quadrados, pistas para saltos e arremessos.
Fico feliz de ter participado dessa luta, fico feliz de ver nossa Cidade sendo
contemplada com dois ginásios. Gostaria de que fossem quatro, mas já é um
grande avanço para a nossa Cidade, principalmente quando a gente quer combater
a drogadição, combater a violência, promover saúde na nossa Cidade e dar
oportunidade para que as crianças façam uma prática esportiva.
Com esse intuito, o Ministério Público tem feito
esse trabalho, e fico muito contente de ver frutos, por meio do PAC, e isso é
virtude da Olimpíada que se aproxima, em 2016, isso é um legado da Olimpíada,
da democratização do esporte em nosso País inteiro, e Porto Alegre está sendo
beneficiada, além de outras cidades do nosso Estado, que serão beneficiadas com
o CIE. Então, creio que, nesse combate, nessa minha luta grande que vivenciei e
tenho vivenciado no meu dia a dia, de levar o esporte a todos, dando
oportunidade a todos, agora nós temos mais dois aliados, dois ginásios para
atender a um número grande de crianças que praticam esporte.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (João Carlos Nedel): Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC. Nº 0863/13 – PROJETO DE LEI
COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 023/13,
de autoria do Ver. Pedro Ruas e da Verª Fernanda Melchionna, que inclui art.
82-B na Lei Complementar nº 7, de 7 de dezembro de 1973 – que institui e
disciplina os tributos de competência do Município –, e alterações posteriores,
determinando a concessão de desconto de até 20% (vinte por cento) no valor do
Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) para
contribuintes em cujos imóveis haja árvores consideradas antigas, exóticas ou
raras.
PROC. Nº 1185/13 – PROJETO DE LEI
COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 013/13,
de autoria do Ver. Pedro Ruas e da Verª Fernanda Melchionna, que altera o inc.
XVII do caput do art. 70 da Lei Complementar
nº 7, de 7 de dezembro de 1973 – que institui e disciplina os tributos de
competência do Município –, e alterações posteriores, incluindo no rol de
isentos do pagamento do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial
Urbana (IPTU) as pessoas portadoras de neoplasia maligna cuja renda seja igual
ou inferior a 5 (cinco) salários mínimos.
PROC. Nº 2501/13 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 283/13,
de autoria da Verª Fernanda Melchionna e do Ver. Pedro Ruas, que obriga os
órgãos e as entidades dos Poderes Legislativo e Executivo Municipais, bem como
as concessionárias de serviço público, a informarem, nas peças publicitárias
institucionais, seu custo total ao erário municipal e o número desta Lei.
PROC. Nº 3034/13 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 342/13,
de autoria do Ver. Dr. Thiago, que dispõe sobre a marcação de consultas e
exames nos hospitais integrantes do Sistema Único de Saúde (SUS) no Município
de Porto Alegre.
PROC. Nº 3301/13 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 365/13,
de autoria do Ver. Delegado Cleiton, que declara feriado municipal o dia 20 de
novembro – Dia da Consciência Negra –, a ser comemorado anualmente.
PROC. Nº 3314/13 – PROJETO DE LEI DO
EXECUTIVO Nº 047/13, que
cria a Secretaria Municipal de Relações Institucionais (SMRI) e extingue 1 (um)
cargo, que integra a letra “c” do Anexo I da Lei nº 6.309, de 28 de dezembro de
1988 – que estabelece o Plano de Carreira dos Funcionários da Administração
Centralizado do Município; dispõe sobre o Plano de Pagamento e dá outras providências.
PROC. Nº 3391/13 – PROJETO DE LEI DO
EXECUTIVO Nº 049/13, que
declara de utilidade pública a Associação Gaúcha de Professores Técnicos de
Ensino Agrícola (AGPTEA).
PROC. Nº 3400/13 – PROJETO DE LEI DO
EXECUTIVO Nº 050/13, que
altera o inc. III do art. 1º da Lei nº 11.404, de 27 de dezembro de 2012 – que
atribui verba de representação aos titulares dos cargos em comissão ou das
funções gratificadas que menciona, revoga a Lei nº 8.689, de 28 de dezembro de
2000, e dá outras providências.
PROC. Nº 3420/13 – PROJETO DE LEI DO
EXECUTIVO Nº 051/13, que
cria 50 (cinquenta) cargos de provimento efetivo de Agente de Saneamento no
Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE), que passam a integrar o Anexo
I da Lei nº 6.203, de 3 de outubro de 1988, alterada pela Lei nº 6.412, de 9 de
junho de 1989, e extingue 50 (cinquenta) cargos de Operário Especializado.
PROC. Nº 3421/13 – PROJETO DE LEI DO
EXECUTIVO Nº 052/13, que
cria 16 (dezesseis) cargos de Assistente Administrativo, 1 (um) cargo de
Arquivista, 1 (um) cargo de Analista de Tecnologia da Informação e 2 (dois)
cargos de Médico Especialista, altera denominação de cargos de provimento
efetivo, cria 3 (três) funções gratificadas de Assistente Técnico, 4 (quatro)
de Chefe de Unidade e 2 (duas) de Chefe de Equipe, que passam a integrar os
Quadros de Cargos e Funções Gratificadas do Departamento Municipal de
Previdência dos Servidores Públicos do Município de Porto Alegre (PREVIMPA),
estabelecido pela Lei nº 8.986, de 2 de outubro de 2002, e alterações posteriores,
e dá outras providências.
PROC. Nº 3422/13 – PROJETO DE LEI DO
EXECUTIVO Nº 053/13, que
cria 50 (cinquenta) cargos de provimento efetivo de Técnico de Saneamento no
Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE), que passam a integrar o Anexo
I da Lei nº 6.203, de 3 de outubro de 1988, alterada pela Lei nº 6.412, de 9 de
junho de 1989, e extingue 50 (cinquenta) cargos de Operário Especializado.
PROC. Nº 3423/13 – PROJETO DE LEI DO
EXECUTIVO Nº 054/13, que
autoriza o Executivo Municipal a alienar, por meio de concorrência pública, os
próprios municipais que relaciona e dá outras providências.
PROC. Nº 3424/13 – PROJETO DE LEI DO
EXECUTIVO Nº 055/13, que
autoriza o Poder Executivo a firmar contrato com Entidades de Prestação de
Serviços de Assistência Médico-Hospitalar e Laboratorial ou Operadora de Plano
de Saúde e dá outras providências, e revoga a Lei nº 11.063, de 7 de abril de
2011.
PROC. Nº 3425/13 – PROJETO DE LEI
COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 020/13,
que institui o Corredor Parque do Gasômetro e altera o § 3º do art. 154 da Lei
Complementar nº 646, de 22 de julho de 2010.
PROC. Nº 3415/13 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 383/13,
de autoria do Ver. Professor Garcia, que declara de utilidade pública a
Associação dos Supervisores de Educação do Estado do Rio Grande do Sul
(Assers).
2ª SESSÃO
PROC. Nº 3017/13 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 343/13,
de autoria do Ver. Márcio Bins Ely, que concede o título de Cidadão Emérito de
Porto Alegre ao senhor Rodolfo Carrion Lopes de Almeida.
PROC. Nº 3111/13 – PROJETO DE RESOLUÇÃO
Nº 052/13, de autoria do
Ver. Alberto Kopittke, que concede o Troféu Câmara Municipal de Porto Alegre à
Themis Assessoria Jurídica e Estudos de Gênero.
O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): O Ver. Clàudio Janta está com a
palavra para discutir a Pauta.
O
SR. CLÀUDIO JANTA: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores,
nós recebemos aqui, na nossa Pauta, dois projetos de lei do Executivo que
extinguem 50 cargos de operários especializados no DMAE. O Executivo enviou
para esta Casa dois projetos, o PLE nº 053/13 e o PLE nº 051/13, extinguindo,
no total, 100 cargos de Operários Especializados no DMAE e criando 50 cargos de
provimento efetivo. O nome já diz: especializados. O nome já diz que o nosso
Departamento Municipal de Água e Esgoto está trabalhando no limite. Então, eu
acho que o Governo deveria especificar mais o que irá fazer com esses cem
cargos de Operários Especializados que estão sendo extintos no DMAE.
Outro projeto que nos chama atenção é o PLE nº 055/13, que autoriza o Poder Executivo a firmar contrato com
entidades de prestação de serviços de assistência médico-hospitalar e
laboratorial ou operadora de plano de saúde e dá outras providências. Para quem
é isso? Para quem nós vamos contratar plano de saúde se nós temos uma rede do
SUS conveniada? E se é para os funcionários da Prefeitura, deveria constar para
quem é para esse plano de saúde.
Então, nós vimos questionar esses
projetos, assim como vimos apoiar o PLL nº 365/13, de autoria do Ver. Delegado
Cleiton, que declara feriado municipal o dia 20 de novembro – Dia da
Consciência Negra –, a ser comemorado anualmente. Já era o momento de fazermos
justiça com o povo negro, em várias cidades deste País é feriado no dia 20 de
novembro. Então, é importantíssimo que nós reconheçamos, de fato, o papel que os negros
tiveram na nossa sociedade, a qual é composta de índios, negros, portugueses,
espanhóis, italianos, alemães, holandeses. O nosso Estado tem uma grande etnia,
mas nenhuma etnia merece tanta referência como o povo negro, que foi tirado de
sua terra, foi tirado de sua pátria para vir para o Brasil como escravos.
Então, é merecido esse projeto do Delegado Cleiton, assim também como o projeto
do Ver. Dr. Thiago sobre as marcações de consultas e exames no SUS. É importantíssimo
que esta Casa apoie a aprovação desse projeto. E já aproveito o tempo que estou
encerrando na tribuna, Sr. Presidente, para solicitar verificação de quórum.
Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (João Carlos Nedel): Obrigado, Ver. Clàudio Janta. O Ver. Alceu Brasinha
está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. ALCEU
BRASINHA: Sr. Presidente, Ver. João Carlos Nedel; Srs. Vereadores, Sras.
Vereadoras; eu não sabia que podia solicitar verificação de quórum aqui da
tribuna, mas é o novo jeito do Janta. Senhores e senhoras, hoje é um grande
dia, mas, primeiramente, eu quero agradecer ao meu Líder, Ver. Cassio Trogildo,
e à Bancada – ao Paulinho Brum e ao Elizandro Sabino – e dizer que os grandes
momentos a gente tem que lembrar, Janta. Os grandes momentos a gente tem que
lembrar, os grandes dias, Ver. Mario Fraga, o senhor que é um extraordinário e
competente Vereador e gremista. Eu lembro como se fosse hoje, Ver. Paulinho
Brum, daquela caminhada que, nos anos de 1980, foi uma aula que o nosso Grêmio
deu para o mundo e abriu as portas para o jornalismo do Rio Grande, para todo
mundo. Então, eu quero lembrar e homenagear o meu Grêmio que tanto amo e gosto
demais de ser gremista, Ver.ª Any Ortiz, que também é gremista, Ver.ª Any
Ortiz, que também é gremista.
O que marca sempre é a primeira vez; o que marca é
o primeiro, disso podem ter certeza absoluta. O que marca é o primeiro, e quem
marcou neste mundo, quem abriu as portas foi o Grêmio.
Temos muitos Vereadores gremistas, e três
Vereadores que são Conselheiros do Grêmio: o querido Pedro Ruas, o Reginaldo
Pujol e este Vereador. Contamos com o apoio da Ver.ª Any, da Ver.ª Jussara
Cony, que é uma gremista extraordinária; do Ver. Elizandro Sabino, do Ver. João
Carlos Nedel, do Ver. Comassetto, da Ver.ª Sofia Cavedon, que são os gremistas
dos quais me lembro agora.
Nada pode apagar a história, Vereador, porque ser
gremista, Janta – e o Janta também é gremista... Em nome do povo gremista, da
torcida que mais cresce no Rio Grande, quero falar dos 30 anos de alegria, de
muita festa, Ver. Delegado Cleiton, de muita emoção. Lembro como se fosse hoje:
eu estava ao lado da Zero Hora, na Av. Érico Veríssimo, assistindo ao Grêmio
jogar, e quem estava lá no palco agitando? O João Bosco Vaz, que era repórter
da RBS, e, hoje, é Secretário da Copa.
Então, eu quero dizer o quanto é importante este
título: 30 anos faz hoje, Ver.ª Séfora Mota, que o Grêmio ganhou o Campeonato
Mundial. E mais ainda: temos o privilégio de ter aqui um atleta que foi campeão
mundial: o Ver. Tarciso, que hoje está comemorando. O jogo dos ex-atletas já
começou, às 17h.
O meu amigo Maricato, que está aqui e que é um colorado extraordinário, é obrigado a me ouvir, porque ele é um cidadão porto-alegrense, e, quando a gente fala do Grêmio ou do Inter, fala com a Cidade, com o Rio Grande, com o mundo e com todo o Brasil, porque em todos os recantos do Rio Grande e do Brasil tem gremistas. No Exterior tem gremistas. Ver. Valter, sei que o senhor é colorado, mas o senhor há de admitir que quem abriu as portas para o mundo foi o meu Grêmio – meu e do Ver. Reginaldo Pujol. Eu costumo dizer “meu Grêmio” porque eu me considero dono do Grêmio. O Grêmio é a verdadeira emoção, porque todos os gremistas se consideram donos! Quem é sócio, quem não é sócio, quem é conselheiro, é a mesma coisa. O importante é torcer e ter esta paixão no coração, porque ser gremista não é para qualquer um. Eu tenho 11 irmãos colorados, só eu que sou gremista! Eu costumava dizer para minha mãe que eu era o único filho feliz e alegre. O único, porque, realmente, eu vou continuar sendo mais gremista, cada vez mais, porque nós temos a melhor Arena do mundo. A melhor! E, se vocês duvidarem, eu posso começar a contar que, se Deus quiser, no ano que vem nós estaremos comemorando o Campeonato da Libertadores e, no final do ano, o Mundial. Podem ter certeza absoluta que o Grêmio vai à luta e, se Deus quiser, campeão do mundo e campeão da Libertadores novamente! Dá-lhe Grêmio!
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (João Carlos Nedel): Obrigado, Ver. Brasinha.
Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 17h16min.)
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